A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária publicou online o “Manual de Boas práticas – Controlo de plantas infestantes tóxicas: Caso particular da Datura stramonium L.”, visando apoiar a identificação e as boas práticas de controlo de infestantes tóxicas que possam afectar as culturas para alimentação humana ou animal.
Trata-se de um manual elaborado pela DGAV com a colaboração do INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, da Anpromis — Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, da Anipla – Associação Nacional de Protecção das Plantas e da IACA – Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais.
Manual que “pretende constituir-se como um apoio no controlo das principais plantas infestantes que podem estar presentes nos campos de cultivo, designadamente nos campos de milho e de hortícolas”.
Explica o documento que são várias as espécies vegetais infestantes das culturas agrícolas que possuem características tóxicas quer para o Homem quer para os animais. A sua presença nos campos de cultivo constitui assim um risco de contaminação dos produtos agrícolas destinados à alimentação humana ou animal, risco esse que importa minimizar.
E adianta que a exposição a plantas tóxicas, seja pela sua ingestão, ou pela ingestão de alimentos por elas contaminados, ou mesmo inalação, pode causar danos na saúde devido a conterem determinadas substâncias tóxicas, que em função da quantidade e toxicidade, pode originar intoxicações agudas ou crónicas.
As intoxicações agudas decorrem de um único contacto com a toxina, num espaço de tempo curto. As intoxicações crónicas resultam do efeito cumulativo decorrente de uma ingestão continuada, acrescenta, realçando que com maior ou menor gravidade, as toxinas presentes em determinadas plantas infestantes quando contaminantes nos alimentos para animais, podem também influenciar o bem-estar, conduzindo a perdas de rendimento ou mesmo a distúrbios reprodutivos dos animais. Estas intoxicações, por poderem originar contaminações nos alimentos de origem animal, podem também de forma indirecta afectar os seres humanos.
Por outro lado, são diversas as substâncias tóxicas que podem estar presentes nas plantas infestantes e por vezes também em espécies cultivadas, como é o caso dos alcalóides, presentes nos Lupinus spp., ou o ácido cianídrico que resulta da decomposição de cianídrico da durrina presente no sorgo através da acção enzimática que ocorre no rumem dos animais ruminantes.
Pode ler o “Manual de Boas práticas – Controlo de plantas infestantes tóxicas: Caso particular da Datura stramonium L.” aqui.
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