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Combate à Língua Azul dos ovinos tem novas medidas. Vacinação obrigatória

O combate à Língua Azul ou febre catarronal ovina tem novas medidas. São várias as regiões do País em que a vacinação dos animais é obrigatória, segundo aviso publicado pelo Director-Geral de Alimentação e Veterinária, Álvaro Pegado Lemos de Mendonça, na qualidade de Autoridade Sanitária Veterinária Nacional.

Diz o documento que as áreas das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira constituem uma zona livre de Língua Azul, mas é obrigatória a vacinação contra o serotipo 1 do vírus da língua azul, dos ovinos existentes nos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão, da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região Centro, em todos os concelhos da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Alentejo e em todos os concelhos da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve, mediante a primovacinação ou revacinação anual com vacina inactivada, do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução a partir dos 6 meses de idade.

É obrigatória a vacinação contra o serotipo 4 do vírus da Língua Azul, dos ovinos existentes em todos os concelhos da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve, mediante a primovacinação ou revacinação anual com vacina inactivada, do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução a partir dos 6 meses de idade.

Por ler Edital n.º 40  aqui.

Doença epizoótica

A Língua Azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afecta os ruminantes, com transmissão vectorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

As medidas de controlo dos diferentes serotipos do vírus da Língua Azul têm-se baseado em programas de vigilância, em programas de vacinação e no controlo da movimentação dos animais das espécies sensíveis, medidas estas que têm sido adaptadas em função da evolução epidemiológica da doença.

Constituindo a vacinação dos animais das espécies sensíveis a forma mais eficaz de controlar a Língua Azul e na sequência dos focos de serotipo 1 da língua azul detectados em Setembro 2015 em diversos concelhos da região do Alentejo e do Algarve, “importa continuar a desenvolver a campanha de vacinação obrigatória do efectivo reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução e definir as condições de circulação dos animais”, diz Álvaro Pegado Lemos de Mendonça.

Tendo em conta a possibilidade de se revelar necessário movimentar animais nacionais de regresso às explorações de origem sem tempo de espera, depois de terem participado em exposições ou eventos tauromáquicos em zonas de restrição por serotipos que não circulam em Portugal, poderá ser permitida, a título excepcional, a vacinação destes animais com vacinas inactivadas, mediante autorização prévia da DGAV.

Da análise de risco efectuada, através da monitorização dos dados do plano de vigilância, da avaliação dos indicadores meteorológicos e dos dados históricos do plano entomológico, “verifica-se que estão reunidas as condições para o reinício da actividade continuada do vector preferencial para a transmissão do vírus da Língua Azul no território nacional continental”, adianta do director-geral da DGAV.

A Língua Azul é uma doença viral, infecciosa não contagiosa, não transmissível aos humanos. Existem 26 serotipos que se traduzem por 26 doenças diferentes sem imunidade cruzada entre elas. A doença é habitualmente transmitida por insectos do género Culicoides, que são os vectores biológicos.

A distribuição geográfica da Língua Azul depende da presença de certas espécies de Culicoides (nomeadamente C. imicola, C. obsoletus, C. pulicaris). Em Portugal encontra-se actualmente em circulação o serotipo 1 da língua azul na totalidade do território continental e o serotipo 4 na região do Algarve.

Para mais informações sobre o assunto, consulte o genérico Língua Azul.

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