A Associação “Saber Fazer” está oficialmente criada. Trata-se de uma entidade vocacionada para as tecnologias das artes e ofícios tradicionais, com vista à salvaguarda, continuidade, inovação e desenvolvimento sustentável das artes e ofícios nacionais. A associação, criada através do Decreto-Lei n.º 43/2021, publicado em Diário da República no dia 7 de Junho, conta com o apoio do INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em representação do Ministério da Agricultura.
O próximo passo é a criação e implementação de um centro tecnológico do saber fazer, que visa promover a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a aprendizagem informada das técnicas artesanais.
Com sede nos serviços centrais do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), em Portalegre, a Associação “Saber Fazer” surge na sequência do Programa “Saber-Fazer”, aprovado em Resolução do Conselho de Ministros n.º 89/2020, de 23 de Outubro, que contém a estratégia nacional para as artes e ofícios tradicionais para os anos 2021-2024 e que vem estabelecer as medidas para a salvaguarda, o reconhecimento e o desenvolvimento sustentável da produção artesanal, assentes em três principais eixos: transversalidade, territorialidade e tecnologia.
Os objectivos centrais deste Programa passam por assegurar a transferência de conhecimento para as novas gerações, promover a inovação estratégica e qualificação de produtos e a respectiva valorização cultural e económica, no âmbito dos mercados nacional e internacional, bem como promover o turismo cultural, designadamente através da criação de roteiros turísticos.
Potencial das práticas artesanais
Segundo o Diploma que cria a Associação, “Portugal dispõe de uma vasta e heterogénea variedade de práticas artesanais em todo o território que constituem uma verdadeira rede do saber fazer. O potencial deste sector é elevado, quer no plano nacional, quer no plano internacional, verificando-se um incremento na procura de produtos produzidos a partir de técnicas artesanais, com base em matérias-primas naturais e com uma pegada ecológica diminuta”.
E acrescenta que estes produtos e técnicas incorporam, em muitos casos, os princípios da economia circular, associando o ecodesign ao património imaterial do país e têm relevância social significativa, pelo potencial de criação de oportunidades de emprego e de inclusão social.
Os objectivos centrais do Programa “Saber-Fazer” passam por assegurar a transferência de conhecimento para as novas gerações, promover a inovação estratégica e qualificação de produtos e a respectiva valorização cultural e económica, no âmbito dos mercados nacional e internacional, bem como promover o turismo cultural, designadamente através da criação de roteiros turísticos.
Cabe especialmente a esta nova Associação coordenar e acompanhar a implementação de políticas públicas na área das artes e ofícios e da produção artesanal, em especial as constantes do Programa, e monitorizar o impacto da respectiva aplicação, assim como apoiar a criação e implementação de um centro tecnológico do Saber-Fazer.
Agricultura e Mar Actual