A Fenareg – Federação Nacional de Regantes de Portugal diz que pelo segundo ano consecutivo a precipitação foi inferior ao normal e 7 bacias hidrográficas registam volumes armazenados inferiores à média dos últimos 25 anos. “Os casos mais dramáticos ocorrem no Alentejo, na bacia do Sado, onde o armazenamento não ultrapassa os 30%. Nas albufeiras de Odivelas e do Roxo a situação é particularmente grave, registando-se um volume útil de apenas 8% e 23%, respectivamente”, diz a federação.
Mais de 40.000 hectares de culturas regadas “poderão não ter água para esta campanha de rega de 2016. Mais de 1/3 das culturas são permanentes. As áreas de produção de arroz de Alcácer do Sal estão também em causa e cuja redução significa consequências drásticas a nível nacional”, acrescenta a mesma fonte.
Segundo a Fenareg, a ligação ao sistema de Alqueva, onde existe disponibilidade, é a solução para garantir água para esta campanha de rega, mas será necessário encontrar um ponto de equilíbrio que viabilize este recurso.
O inicio da rega está a escassos dias e a Fenareg já solicitou audiência urgente ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, para se encontrarem medidas excepcionais que ultrapassem esta situação.
Capacidade total de armazenamento
Em comunicado a Fenareg diz que a capacidade total de armazenamento nas albufeiras, a 4 de Abril de 2016, que apresentam limitação hídrica é a seguinte: Vale do Gaio (58.9%), Lucefecit (58,6), Alvito (57.7%), Fonte Serne (50%) e Divor (50%). Com situação ainda mais preocupante estão Vigia (40%), Monte da Rocha (33.5%), Odivelas (32.8%), Pego do Altar (38.7%) e Roxo (28.8%), segundo os dados de associações de regantes e do sistema nacional dos recursos hídricos.
Agricultura e Mar Actual