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Plano de Recuperação Económica está em consulta pública até 21 de Agosto. Já participou?

A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, elaborada pelo Prof. António Costa Silva, está em consulta pública até 21 de Agosto. Todos os interessados podem enviar as suas ideias, sugestões, visões e contributos para o endereço electrónico plano.recuperacao@pm.gov.pt.

António Costa Silva defende o TGV o novo aeroporto de Lisboa, o mar como um “grande activo”, o reforço do investimento no cluster da Defesa, a criação de um “fundo soberano” para apoiar empresas e que “a agricultura é um vector essencial do Plano de Recuperação”.

A CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal apela à participação activa e ao contributo do maior número de organizações do sector, interessadas em participar na recuperação económica do País.

Agricultura

No documento, António Costa Silva diz ser ” preciso alavancar os sectores tradicionais, como a agricultura, o sector agroalimentar, a indústria transformadora, a metalomecânica e a fabricação de máquinas e bens de equipamento, o turismo e serviços, apoiando-os ao nível da investigação e desenvolvimento tecnológico para o processo de transformação que muitos estão a experimentar, aumentando o seu crescimento nos mercados europeus e nos mercados globais e, através de inovação tecnológica, criar condições para o crescimento de novas actividades de valor acrescentado e para o aumento competitividade externa”.

E acrescenta que “a reindustrialização e reorientação das cadeias logísticas de produção e de abastecimento passa antes de tudo pelo apoio à indústria existente, focado na componente de serviço ao cliente, inovação em processos e produtos, ganhos de escala, internacionalização e integração nas cadeias de valor”.

A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 diz ainda que “há que aproveitar o presente momento para reflectir sobre que futuro queremos para o território, para o interior do País e para a floresta, bem como que instrumentos são necessários para levar a cabo as medidas de política que assegurem a sustentabilidade dos recursos naturais, a valorização dos territórios, a protecção das populações e economias locais”.

Hidrogénio

Por outro lado, o documento refere que o hidrogénio, produzido a partir da electrólise da água, é um gás renovável, “complementa e serve de backup ao cluster das energias renováveis, pode substituir parte do gás natural importado ao ser injectado na rede nacional existente, pode competir também no sector da mobilidade em várias fileiras, em particular no transporte de longa distância, e pode abastecer parte das necessidades da indústria petroquímica nacional, que usa gás natural como matéria prima. No âmbito da reindustrialização do país e da reconversão industrial, o cluster do hidrogénio pode ampliar a produção nacional de energias renováveis e dar-lhe maior dimensão ao mesmo tempo que substitui importações, utiliza a infraestrutura existente e pode ainda converter-se num sério componente estratégico do armazenamento de energia no futuro”.

Segundo o Governo, este é “um documento enquadrador das opções e prioridades que deverão nortear a recuperação dos efeitos económicos adversos causados pela actual pandemia. É a partir desta visão estratégica que será desenhado o Plano de Recuperação, a apresentar à Comissão Europeia, com vista à utilização dos fundos europeus disponíveis”.

Fundos europeus

Para o Executivo, a alocação desses fundos europeus deve assentar num “pensamento estratégico sobre o futuro do País”, que é fornecido no documento. Trata-se, pois, de “formular uma visão para Portugal no horizonte de uma década, visão essa que enformará a estratégia de recuperação económica da crise provocada pelo novo coronavírus, servindo ainda de referencial para o modelo de desenvolvimento do país num contexto pós-Covid”.

10 eixos estratégicos

O documento apresenta 10 eixos estratégicos em torno de:

  • (i) uma Rede de Infraestruturas Indispensáveis
  • (ii) a Qualificação da População, a Aceleração da Transição Digital, as Infraestruturas Digitais, a Ciência e Tecnologia
  • (iii)Sector da Saúde e o Futuro
  • (iv) Estado Social
  • (v) Reindustrialização do País
  • (vi)Reconversão Industrial
  • (vii)Transição Energética e Electrificação da Economia
  • (viii)Coesão do Território, Agricultura e Floresta
  • (ix)Novo Paradigma para as Cidades e a Mobilidade e (x) Cultura, Serviços, Turismo e Comércio.

Pode consultar o documento completo aqui.

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