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Covid-19. DECO diz que, a nível profissional, em média, cada família já perdeu 581 euros

A grande maioria dos portugueses com, pelo menos, um sintoma indicativo de Covid-19 não contacta os serviços de saúde e 7% dirigem-se directamente às urgências, contra todas as recomendações das autoridades de saúde. O prejuízo económico das famílias já vai em 1,4 mil milhões de euros, de acordo com o estudo, realizado pela DECO Proteste entre 18 e 20 de Março, através de um questionário online a uma amostra da população adulta portuguesa.

Além dos receios associados à Covid-19, os problemas de saúde mental também não serão alheios a prejuízos financeiros decorrentes da crise do coronavírus: 45% das famílias revelaram perdas neste período. Enquanto alguns apenas viram esfumar-se os valores adiantados em bilhetes para espectáculos musicais ou desportivos, viagens ou festas de família que foram obrigados a cancelar, outros perderam rendimentos do trabalho ou de investimentos.

Desde o início da crise do coronavírus, a carteira de quem teve danos financeiros ficou com menos 763 euros, em média, diz o estudo da DECO Proteste.

Ao nível profissional, estas famílias deixaram de ganhar, em média, 581 euros, sendo que uma em cada 10 perdeu rendimentos superiores a mil euros. Extrapolando os valores recolhidos para o universo das famílias portuguesas, cada uma terá perdido, em média, 349 euros. Ao multiplicar este valor pelo número de agregados nacionais, a DECO Proteste concluí que o total do prejuízo já soma 1,4 mil milhões de euros, valor que, infelizmente, tenderá a aumentar.

Portugueses não cumprem a quarentena

“A avalanche de informação sobre a propagação do novo coronavírus, SARS-CoV-2, e a constante divulgação das medidas de prevenção do contágio parece não ser suficiente para que todos cumpram as regras à risca: 9% dos portugueses revelaram ter tido, pelo menos, um dos sintomas característicos da Covid-19 (febre, tosse seca ou dificuldades respiratórias) nos últimos 15 dias, mas 77% não contactaram os serviços de saúde e metade revelou não cumprir quarentena. Apenas 12% dos que apresentaram sintomas ficaram em casa, não saindo em nenhuma circunstância”, revela a DECO Proteste.

Indicações da DGS

Na presença de sintomas suspeitos, as indicações da Direcção-Geral da Saúde são claras: ligar para o SNS 24 e seguir as instruções. Apenas 13% dos inquiridos o fizeram, e 7% confessaram ter-se dirigido directamente às urgências, arriscando contagiar outros, no caso de estarem infectados.

A ordem para ficar em casa não é apenas para quem apresenta sinais de doença. Actualmente, todos os cidadãos devem ficar no domicílio, apenas sendo permitida a saída em situações específicas, como ir trabalhar, ao supermercado, à farmácia ou passear animais. Os convívios e as viagens estão também limitados.

Na altura em que a DECO Proteste fez o inquérito, as restrições do estado de emergência ainda não estavam em vigor, mas o isolamento social já era fortemente aconselhado. Contudo, só 68% indicaram cumprir à risca as recomendações relativas à permanência em casa. As mulheres mostraram-se mais respeitadoras do que os homens. Em Lisboa, parece haver um pouco mais de observância por aquelas normas do que no Porto: 74% dos lisboetas seguem-nas à risca contra 67% dos portuenses.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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