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Governo disponibiliza 1.500 milhões para ajudar capitalização das empresas

As novas linhas de crédito e financiamento que vão disponibilizar 1.500 milhões de euros às empresas “destinam-se a servir directamente as empresas numa área importante que é a da capitalização”, afirmou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na sessão de atribuição do estatuto PME Excelência 2015, ontem, 10 de Fevereiro, em Santa Maria da Feira.

Estes novos instrumentos de  capitalização “são essenciais para as empresas poderem investir com mais segurança e com melhores recursos financeiros” nos próximos anos”. Eles permitirão às empresas “investir sem terem que se endividar tanto”, uma vez que algumas das linhas de crédito envolvem uma garantia de Estado e, como tal, “têm custos financeiros mais baixos e reduzem os riscos”, adiantou o governante.

Referindo-se às 1.509 pequenas e médias empresas reconhecidas em excelência, o ministro disse que “elas são de grande qualidade, mas, em alguns casos, ainda têm custos de financiamento relativamente elevados”.

Caldeira Cabral  apontou a Alemanha e os Estados Unidos como exemplos a seguir no que se refere a apoios do Governo à economia, afirmando que “o Estado não pode ficar de braços cruzados à espera que as empresas organizem aquilo que cabe aos poderes públicos fazer”.

Orçamento dá confiança ao investimento

O Ministro explicou ainda, contrariando as recentes declarações da oposição à direita do Partido Socialista (PS), que o Orçamento do Estado para 2016 “reduz a carga fiscal, é equilibrado, e ao prosseguir na consolidação e ter tido luz verde de Bruxelas” dá “maior folga para que haja algum crescimento da procura interna, porque repõe os rendimentos dos portugueses”. “É um Orçamento que, se faz alguma coisa, é dar mais confiança às empresas para investir”, acrescentou.

“Estes mecanismos que estamos a lançar hoje são complementares ao aumento do rendimento que o Orçamento vai proporcionar, porque permitem às empresas investir, ter acessos a fundos, e isso vem em paralelo à aceleração dos fundos comunitários”, referiu.

Para Caldeira Cabral, estes factores – linhas de crédito, crescimento moderado da procura, aceleração dos fundos da UE – “podem criar de facto condições para que haja maior aceleração do investimento, para que possa haver mais criação de emprego” e para que “se possam criar postos de trabalho de maior qualidade e com competitividade”.

O estatuto PME Excelência é atribuído anualmente às empresas que têm melhores desempenhos em vários sectores de actividade pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), em parceria com o Turismo de Portugal e os principais bancos a operar no mercado português.

As PME distinguidas em 2015 representam 57.000 postos de trabalho, sendo que, segundo o IAPMEI, apresentaram em 2015 um nível de autonomia financeira médio superior a 56% e, relativamente a 2014, aumentaram o seu volume médio de exportações em quase 20%.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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