As obras da colecção do Novo Banco que serão expostas em museus nacionais e noutros espaços são “um instrumento da descentralização cultural e da valorização dos diferentes espaços culturais oferecidos no País”, afirmou hoje, 29 de Janeiro, o primeiro-ministro, António Costa, na assinatura do protocolo que cede um quadro ao Museu dos Coches.
É com “esta estratégia de valorização dos bens culturais e de ajudar o conjunto do País a dotar-se desses bens, a valorizá-los e a exibi-los que nós ajudaremos o País a ser mais coeso”, afirmou o primeiro-ministro na cerimónia, no Museu dos Coches, em Lisboa.
Esta coesão “é um factor muito importante para a dinâmica económica do País, e por isso também para a actividade económica que sustenta a actividade financeira do Novo Banco”, acrescentou o líder do Executivo.
Cedência de 98 obras
A assinatura deste protocolo de cedência da primeira das 98 obras de pintura a serem exibidas por todo o País, “é simbólica vários títulos”, desde logo pela “ligação entre o cortejo que é exibido no quadro e os coches que podemos ver no museu”, disse António Costa.
Mas é também simbólico da “nova relação de colaboração entre o Estado e o Novo Banco, uma colaboração que assente em o Novo Banco por ao dispor dos portugueses em museus nacionais e outros locais, grande parte do seu acervo cultural”, disse.
Fora do acordo
António Costa destacou que “esta cedência não fazia parte da negociação nem do contrato de compra e venda” do banco à Lone Star, mas fez parte daquilo que era a vontade firme anunciada pela Lone Star de ter um compromisso firme com o País ao adquirir este banco há uns meses atrás”.
Este compromisso, “não escrito, e por isso mais importante do que o que estava contratualizado, está aqui a começar a ser cumprido e de uma forma que demonstra bem o que é o valor do banco” e que significa também «que a crise revela que há valores perenes, e não há valores mais perenes que aqueles que resultam da cultura”, salientou António Costa.
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