A nova central de biomassa, a instalar no concelho de Viseu até 2019, representa um investimento global de 52 milhões de euros e vai criar até 300 postos de trabalho, 25 a 30 deles directos, revelou a autarquia.
A central de produção de energia eléctrica através de biomassa terá uma potência instalada de 15 MegaWatts (MW) e uma necessidade anual de resíduos florestais de 140 mil toneladas.
“Este é mais um momento feliz para Viseu, em que estamos a criar riqueza, postos de trabalho e a fixar uma unidade num cluster importante, que é o da biomassa”, referiu o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. A câmara de Viseu assinou um memorando para a instalação da Central de Biomassa em Viseu, no âmbito do programa municipal “Viseu Investe”, avança a Lusa, citada na página de Internet da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
A nova Central de Biomassa de Viseu será radicada na freguesia de Mundão, no Lugar de Chão D’Alva, ocupando uma área de 10 hectares. A construção do equipamento arrancará de imediato, entrando em funcionamento em Março de 2019.
Para o autarca de Viseu, este investimento “é a prova da atractividade de Viseu para efeitos de investimento”. “Vem consolidar todo um percurso que fizemos ao longo de quatro anos, com 22 investimentos já captados, mais de 130 milhões de euros de investimento e 1.400 postos de trabalho só através destes investimentos”, acrescentou.
Almeida Henriques aproveitou para evidenciar que este investimento vai ser feito em território de mais baixa densidade, cobrindo “uma parte do território mais pobre do concelho de Viseu”.
Recolha de resíduos florestais
O autarca adiantou que “para além do efeito do investimento propriamente dito, há aqui também um efeito importante do ponto de vista ambiental, porque vai permitir a recolha de resíduos florestais num raio de 50 quilómetros. Vai criar economia de proximidade e vai transformar aquilo que hoje não tem valor em matéria-prima para a central de biomassa”.
O promotor da central de biomassa, Carlos Alegria, explicou que esta energia limpa proveniente de biomassa da região será produzida as 24 horas do dia, parando apenas um mês por ano para a sua manutenção.
Segundo Carlos Alegria, a energia produzida “é mais eficaz” e vai servir “cerca de 40 mil habitações”, o que representa cerca de 60% das habitações do concelho.
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