Os negócios do grupo português Garland nos mercados estrangeiros onde está presente, cerca de dois anos e meio após o arranque do seu processo de internacionalização, já representam 14% da facturação total.
A actividade transitária da empresa portuguesa, uma das principais no sector de transportes, logística e navegação, começou em Casablanca, Marrocos, em Maio de 2014. Três meses depois, o Grupo avançava com a agência de navegação Ocidenave España em Barcelona e Valência. A actividade no país vizinho acabaria ainda por ser alargada no ano seguinte aos Trânsitos, a operar a partir da capital catalã. Em 2016, o volume de negócios do Grupo foi de 112 milhões de euros, dos quais 15,6 milhões procedem das operações fora de Portugal.
Apesar de recentes, as subsidiárias internacionais têm vindo a conquistar negócios importantes. Peter Dawson, presidente do conselho de administração do Grupo Garland, explica os resultados: “Em comparação com muitas outras empresas, iniciámos tarde o nosso processo de internacionalização, porque a nossa prioridade era o mercado nacional, que exigia todos os nossos recursos. Optámos, por isso, por mercados que nos são próximos e que conhecemos melhor, mas que nos dão uma dimensão ibérica, com extensão ao norte de África. Consideramos que temos um projecto internacional consolidado e com grande potencial de crescimento”.
Com uma facturação de mais de 1 milhão de euros em 2016, a Garland Maroc tem tido um bom crescimento no sector dos produtos químicos e no sector frutícola.
“Tratou-se de um investimento fundamental na estratégia de internacionalização do grupo. Marrocos é um mercado vizinho com 33 milhões de habitantes, estabilidade e com potencial de crescimento no futuro próximo”, afiança Peter Dawson.
O balanço das operações no Norte de África é, aliás, “excelente, desde que a empresa arrancou que estamos a verificar um crescimento sustentado, com um leque de clientes, também ele, em crescendo”, salienta aquele responsável.
No ano passado, a empresa movimentou 2.000 TEUS de carga marítima e 12 toneladas de carga aérea.
Espanha excede expectativas
Por sua vez, a agência marítima Ocidenave España movimentou, em 2016, 70 navios e um total de 22.336 TEUS. Além disso, tem batido recordes de carregamentos, nomeadamente para a Melfi Marine Corporation, nos portos de Barcelona e de Valência. Na Península Ibérica movimentou perto de 30.000 TEUS e, passou a disponibilizar um serviço semanal, em vez do quinzenal antes existente.
Correspondendo a este desempenho do Grupo no país vizinho, a Garland decidiu em 2015 alargar a sua acção à área de Trânsitos. Com uma estratégia assente numa progressão segura com um crescimento sustentando e preços competitivos, 70% do negócio está dedicado à exportação de bens de Espanha sobretudo para o Mediterrâneo e o Médio Oriente. As importações provêm essencialmente de países do Extremo Oriente.
No segundo ano de actividade, a Garland Tránsitos quase triplicou o volume de negócios, passando de uma facturação de mais de 633 mil euros para 1,8 milhões de euros.
Agricultura e Mar Actual