O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, anunciou ontem, 10 de Junho, Na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, a criação de um grupo de trabalho para delinear “uma estratégia e um plano de acção para a recuperação da produção de cereais em Portugal”. O despacho ministerial já está assinado.
O governante falava aos jornalistas no final de uma visita que marcou a inauguração da 54ª Feira Nacional da Agricultura/64.ª Feira do Ribatejo, que decorre até dia 18 no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, com os cereais como tema dominante.
Declarando-se “satisfeito” com a escolha de um sector que o Governo quer “agarrar e recuperar”, o ministro afirmou haver “um conjunto de constrangimentos naturais, que é necessário ultrapassar”, pois o País tem “condições para trabalhar para nichos de mercado de qualidade, de forma muito interessante”.
Capoulas Santos afirmou que assinou já o despacho para criação do grupo de trabalho, no qual participará pessoalmente juntamente com representantes do seu Ministério e das principais organizações do sector, como a Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC) e a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), e que será constituído dez dias depois da publicação em Diário da República.
Três meses para apresentar estratégia
Esse grupo terá um prazo de três meses para apresentação de um primeiro documento de trabalho, que entrará em execução depois de ser aprovado em Conselho de Ministros.
Capoulas Santos lembrou que a maior parte da área agrícola nacional, em particular nas zonas tradicionais de produção de cereais, elemento básico da alimentação dos portugueses, é de sequeiro, sendo necessário “encontrar alternativas rentáveis”. O objectivo é elaborar uma “estratégia nacional para a recuperação da produção de cereais em Portugal e um plano de acção associado”, com “medidas concretas, calendarizadas e quantificadas”, frisou.
Agricultura e Mar Actual