A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acaba de lançar a “Ficha de Mercado do Japão”, onde faz uma análise da economia japonesa, das relações económicas Portugal-Japão e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
Dizem os analistas da Aicep que, com uma população de 126,3 milhões de pessoas e um PIB per capita de 39.110 USD, segundo dados do EIU – The Economist Intelligence Unit relativos a 2016, o Japão posiciona-se como a terceira maior economia a nível mundial, a seguir aos Estados Unidos da América e à China.
A estrutura económica japonesa é composta por um estrato de grandes e poderosas multinacionais, que se afirmaram mundialmente nas últimas décadas, e por uma enorme massa de pequenas empresas, que lhe conferem flexibilidade e inovação. A indústria transformadora, um dos principais suportes da economia, é bastante diversificada, com os sectores da electrónica e automóvel, a possuírem um peso indiscutível na indústria japonesa, constituindo-se como motor das exportações.
Quarto exportador e importador mundial
O Japão foi, no ano de 2015, o quarto exportador e importador mundial e o segundo mercado emissor de investimento directo no exterior. Nos últimos três anos, verificaram-se taxas de crescimento do PIB do Japão inferiores a 1,5%, nomeadamente, um acréscimo de 1,0% em 2016, prevendo o EIU um incremento semelhante, em termos percentuais, para 2017.
Em termos do relacionamento económico bilateral, no âmbito do comércio internacional português de bens, o Japão ocupou a 37ª posição no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2016, ficando no 26º lugar enquanto fornecedor, com o montante das exportações a situar-se nos 138,8 milhões de euros. O número de empresas portuguesas que exportam produtos para o Japão tem vindo a aumentar, situando-se, em 865, no ano de 2015.
Abertura ao exterior
Ao nível das trocas comerciais, nas últimas décadas registou-se uma maior abertura do mercado japonês ao exterior, tendo sido implementadas várias medidas nesse sentido. A generalidade das mercadorias pode ser importada livremente, sendo apenas exigido licenciamento prévio para as que ainda se encontram sujeitas a aplicação de quotas (ex.: calçado de couro) ou a restrições específicas. Importa, no entanto, referir que tratando-se de um mercado muito rigoroso em termos da qualidade e segurança dos produtos, pode haver necessidade de observar vários tipos de exigências (ex.: requisitos de certificação; regras relativas à embalagem; e inspecções sanitárias e fitossanitárias), que podem dificultar e tornar complexos os processos de importação.
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