O aspecto vegetativo dos prados e pastagens é o normal para a época: os de sequeiro encontram-se, desde há
algum tempo, esgotados, enquanto os de regadio, embora com um desenvolvimento condicionado pelas elevadas
temperaturas, apresentam uma disponibilidade de alimento dentro dos parâmetros habituais, segundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Agosto.
Refere o INE, no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2018, que a produção de matéria verde nas culturas forrageiras foi abundante permitindo, nos casos em que as pastagens naturais, os agostadouros
e as palhas se revelaram insuficientes, a suplementação do efectivo animal com forragens verdes, fenos e silagens,
em quantidades próximas de um ano normal (muito inferiores às do ano passado).
Agosto extremamente quente e seco
O mês de Agosto caracterizou-se, em termos meteorológicos, como extremamente quente e seco. O valor médio da temperatura máxima, 32,4ºC, excedeu em 3,6ºC a normal 1971-2000, tendo sido o mais alto desde 1931.
Estas condições meteorológicas, para além de limitarem a realização de determinadas tarefas agrícolas, afectaram a capacidade produtiva das culturas, quer por dessecação das plantas (principalmente nas hortícolas), quer por desidratação/secagem dos frutos, com a ocorrência generalizada de escaldões nos pomares e nas vinhas, refere o Boletim do INE.
No final de Agosto, o teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, registou uma diminuição face ao final de Julho. Os valores de água no solo eram inferiores a 40% em grande parte do território, sendo mesmo inferiores 20% em alguns locais do interior Norte e Centro e do Algarve.
Agricultura e Mar Actual