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Vírus da Gripe Aviária confirmado numa instalação de aves de colecção em Constância

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária informa que, no dia 14 de Janeiro, foi confirmado um foco de infecção por vírus da Gripe Aviária (GA) numa instalação que detém aves de colecção, em Santa Margarida da Coutada, Constância, na zona de vigilância do foco ocorrido numa exploração de perus de engorda em Vila Nova da Barquinha.

Diz um comunicado de imprensa daquela Direcção que as “medidas de controlo do foco estão já a ser implementadas pela DGAV, de acordo com a legislação em vigor”.

Estas medidas incluem a inspecção aos locais onde foi detectada a doença e a eliminação dos animais afectados, assim como a inspecção e notificação das explorações que detêm aves nas zonas de protecção, num raio de 3 km em redor do foco, e na zona de vigilância num raio de 10 km em redor do foco.

Medidas de biossegurança

A DGAV apela a todos os detentores de aves que “cumpram com rigor as medidas de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, que permitam evitar contactos directos ou indirectos entre as aves domésticas e as aves selvagens”.

E realça que devem ser reforçados os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves.

A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata, de forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno pela DGAV, pelo que apela à notificação de mortalidade de aves selvagens através da aplicação ANIMAS (aqui).

Segundo o Edital nº 5/2021 da Gripe Aviária, da DGAV, a gripe aviária é uma doença infecciosa viral das aves que atinge aves selvagens, aves de capoeira e outras aves mantidas em cativeiro.

As infecções por vírus da gripe aviária apresentam-se em duas formas, os vírus de baixa patogenicidade provocam apenas sinais ligeiros de doença, enquanto os vírus de alta patogenicidade provocam mortalidade muito elevada, especialmente nas aves de capoeira, com um impacto importante na saúde das aves domésticas e selvagens bem como na produção avícola, uma vez que constitui motivo de suspensão da comercialização de aves vivas e seus produtos nas zonas afectadas.

Doença avança pelo País

Refere ainda o Edital nº 5/2021 que, a 30 de Novembro de 2021, foi confirmado o primeiro foco de infecção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) do subtipo H5N1 em aves domésticas de detenção caseira no concelho de Palmela.

A 23 de Dezembro de 2021 foi confirmado um segundo foco de infecção por vírus da GAAP do mesmo subtipo H5N1 em perus numa exploração comercial situada em Santa Maria São Pedro e Sobral da Lagoa, Óbidos.

A 30 de Dezembro de 2021, identificou-se um terceiro foco em exploração de perus em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, relacionado com o segundo foco.

Já a 3 de Janeiro foi confirmado o quarto foco de infecção por vírus da GAAP do subtipo H5N1 em aves domésticas de detenção caseira na freguesia de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém.

E a 4 de Janeiro foi confirmado o quinto foco de GAAP, identificado em aves selvagens, ganso-bravo (Anser anser) e ganso-patola (Morus bassanus) em Alpiarça e a 10 de Janeiro em patos mudos (Cairina moschata) dentro da zona de vigilância em Vila Nova da Barquinha (foco 3B), e ainda em gaivota (Larus michahellis) encontrada morta na praia do Baleal em Peniche, perfazendo este último o sexto foco de GAAP.

Por último, a 14 de Janeiro confirmou-se novo foco numa instalação que detém aves de colecção, em Santa Margarida da Coutada, Constância, na zona de vigilância do foco n.º 3 (Vila Nova da Barquinha), designado foco 3C.

Pode ler o Edital nº 5/2021 da Gripe Aviária aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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