O concelho de Viana do Castelo concluiu a II Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora, no âmbito da Estratégia Municipal para a Conservação da Natureza – Agenda de Ambiente e Biodiversidade -, tendo sido realizadas várias actividades para erradicação e controlo, e disponibilizados documentos informativos relacionados com o tema.
Explica uma nota de imprensa da autarquia que a semana se iniciou com a participação do CNE – Corpo Nacional de Escutas, contando com a intervenção de mais de 80 escuteiros de companhias do distrito que intervieram em mais de 4 hectares de áreas invadidas por acácia-de-espigas (Acacia longifolia) e chorão-das-praias (Carpobrotus edulis), essencialmente no cordão dunar das freguesias de Castelo de Neiva e de Darque (Cabedelo).
“Recuperação Ecológica de 5 Áreas Classificadas”
No decorrer da II Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora foi lançado o 2º tomo dos Cadernos de Ambiente e Biodiversidade, intitulado “Recuperação Ecológica de 5 Áreas Classificadas”, que reúne informação do projecto que se encontra a decorrer desde 2019, co-financiado pelo POSEUR, nomeadamente as iniciativas cumpridas e previstas cumprir em cada um daqueles locais, que pode consultar aqui.
No âmbito dos contratos de co-responsabilização da manutenção ecológica de áreas classificadas, outorgados entre a Câmara Municipal e 27 empresas parceiras, foram programadas e realizadas durante a II Semana Municipal actividades com a empresa PaGroup (responsável pelo Monumento Natural das Dunas Trepadoras do Faro de Anha) e a Borgwarner (responsável pelo Monumento Natural das Cascatas do Poço Negro).
As empresas Baltor e Lets go, responsáveis pelo Monumento Natural do Canto Marinho, viram as suas actividades adiadas por motivos de intempérie, tendo sido reagendadas para a próxima semana, acrescenta a mesma nota.
Investimento de 530 mil euros
Recorda a autarquia de que as intervenções de recuperação ecológica que se pretendem realizar, no valor global de 530 mil euros, prevêem acções de erradicação e controlo de espécies exóticas, principalmente de Acacia dealbata (Mimosa), Acacia longifolia (Acácia-de-espigas) e Acacia Melanoxylon (Austrália), Carpobrotus edulis (chorão das praias), Arundo donax (cana gigante), Trandescantia fluminencis (erva-da-fortuna ou tradescância) e Cortaderia selloana (erva das pampas ou plumas).
O programa de reabilitação ecológica inclui ainda um plano de monitorização a 5 anos para garantir a perenidade do sucesso da intervenção e acções de promoção de literacia científica à população e a densificação da estratégia de Ciência Cidadã do Município, alargando a plataforma Bioregisto à cartografia de vegetação invasora, em colaboração com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (invasoras.pt).
Complementarmente, estão previstas acções de plantação nas áreas a intervencionar ecologicamente, nomeadamente espécies nativas como o Carvalho, o Pinheiro, o Pilriteiro, a Azinheira, a Bétula ou a Urze, entre outras, no âmbito do Ano Municipal da Recuperação da Floresta Nativa Portuguesa, actualmente em curso.
Agricultura e Mar Actual