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Ucrânia acusa: navios que partem de Sebastopol levam cereais roubados

“O ocupante [russo] continua a roubar cereais ucranianos — as perdas dos agricultores chegam a pelo menos 125 milhões e dólares [120 milhões de euros]. Praticamente todos os navios que levam cereais de Sebastopol carregam grãos ucranianos roubados”, garante o Ministério da Política Agrária e Alimentação da Ucrânia em nota de imprensa.

“Os ocupantes já enviaram na direcção da Crimeia aproximadamente 400 a 500 mil toneladas de cereais”, acrescenta a mesma nota, na qual o ministro da Política Agrária e Alimentação da Ucrânia, Mykola Solskyi, garante que “este é um grande negócio administrado por pessoas do mais alto nível: funcionários dos serviços secretos do país agressor, militares e vários vigaristas (…) Nesta temporada, a Crimeia (…) já importou cereais de outras regiões (…) dado que não os cultivaram nos últimos anos, devido à falta de rega (…) estão a estabelecer canais para o carregamento de navios através de Sebastopol”. “Na nossa opinião, quase todos os navios que vão com cereais de Sebastopol são navios com grãos ucranianos roubados”.

Mykola Solskyi, em mais uma entrevista às televisões, falou sobre o curso da campanha de cultivo na Ucrânia, bem como do “roubo de cereais ucranianos nos territórios temporariamente ocupados”.

“Os agricultores estão a enfrentar dificuldades, que estão principalmente relacionadas com a logística. Têm menos dinheiro para herbicidas. Economizam no diesel. Há perdas de tempo, devido ao recolher obrigatório, na movimentação de equipamentos. Adiciona-se a isto problemas de armazenamento de combustível. devido a tudo isso, o cultivo leva mais tempo do que o normal”, disse o ministro.

Segundo Mykola Solsky, a guerra mudou as tendências na selecção de culturas agrícolas para cultivo. Assim, por exemplo, os volumes de cultivo de milho diminuíram. “Isso deve-se ao facto dos agricultores estarem a economizar dinheiro, em primeiro lugar, passam a semear culturas mais baratas e, só depois, escolhem as culturas que dão rendimentos mais baixos (…) este ano o rendimento do milho vai diminuir, por exemplo, em relação ao girassol e  à soja”.

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