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Teores de humidade do solo mais baixos a Sul do Tejo atrasam início do crescimento vegetativo das pastagens

O reinício do ciclo de desenvolvimento das pastagens de sequeiro ocorreu de forma distinta a Norte e a Sul do Tejo. No entanto, no Ribatejo, Alentejo e Algarve, o prolongamento da situação de secura dos solos (apenas interrompida nos últimos dias de Outubro) conduziu a um atraso na germinação e início do crescimento vegetativo nas pastagens, bem como na instalação das culturas forrageiras (anuais e plurianuais).

Segundo as previsões agrícolas, em 31 de Outubro, do Instituto Nacional de Estatística (INE), a alimentação dos efectivos explorados em regime extensivo continuou a ser suplementada com fenos e silagens, em maior quantidade face a igual período do ano anterior.

Acrescentam os técnicos do Instituto Nacional de Estatística que nas regiões Norte e Centro, a precipitação ocorrida na segunda quinzena de Setembro e ao longo de Outubro, associada às temperaturas amenas, permitiu um crescimento significativo de matéria verde, havendo já disponibilidade para o pastoreio, sobretudo dos pequenos ruminantes.

E realçam que a produção forrageira da campanha 2020/2021 foi globalmente superior à obtida na anterior (aumentos entre 10% e 20%), não havendo registos de dificuldades em garantir o suprimento nutricional dos animais.

Outubro muito quente

O mês de Outubro caracterizou-se, em termos meteorológicos, como muito quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação. O valor médio da temperatura média do ar, 17,3oC, registou uma anomalia de +1,5oC face à normal (1971-2000), posicionando este Outubro como o sexto mais quente desde 2000.

De referir que nos períodos mais quentes do mês (de 6 a 14 e nos dias 18 e 19), mais de metade das estações meteorológicas registaram temperaturas máximas superiores a 25oC, tendo-se verificado a ocorrência de uma onda de calor em algumas zonas do Ribatejo e Alentejo.

Quanto à precipitação, o valor médio da quantidade de registada em Outubro, 87,7mm, apresentou um desvio face à normal de -10,5mm. Apesar de ter havido seis dias com chuva significativa (3, 17 e 28 a 31), cerca de ¾ da precipitação mensal ocorreu entre os dias 29 e 31, com períodos extensos de precipitação forte e muito forte. Em termos espaciais, de referir que no Baixo Alentejo e Algarve a precipitação foi inferior a 25% da normal.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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