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Solução para a vespa do castanheiro passa por luta biológica com largadas de Torymus Sinensis

A sessão de esclarecimento sobre a praga da vespa das galhas do castanheiro, destinada aos produtores de castanha do Concelho de Chaves, que decorreu no passado dia 31 de Maio, chegou a uma conclusão: a solução para esta praga passa pela luta biológica com largadas do parasitoide Torymus Sinensis.

A Refcast – Associação Portuguesa da Castanha refere que a luta biológica, ou seja, a largada de insectos “bons” Torymus Sinensis, que vão depositar os ovos nas galhas dos castanheiros infectados, não deixando que a vespa das galhas se desenvolva, permitirá equilibrar a balança e no “futuro poderemos conviver com a vespa das galhas sem, contudo, afectar a produção de castanha”. Já os “produtos químicos não são aconselhados, pois não erradicam a praga, já que o insecto eclode de forma escalonada, por fases, e portanto não se mostram eficazes”.

A sessão, promovida pela Câmara de Chaves, pretendeu esclarecer e informar todos os presentes sobre o que é a vespa das galhas do castanheiro, nomeadamente: os sintomas desta praga, como se dispersa, quais os meios de luta existentes e quais os procedimentos a executar pelos agricultores e entidades envolvidas, de forma a podermos conviver com esta praga no futuro sem que haja perdas de produção de castanha.

O principal sintoma detectado a nível local são o aparecimento de galhas nos ramos mais jovens, nos pecíolos ou na nervura central das folhas, que evidenciam um intumescimento dos tecidos, podendo medir entre 5 e 20 mm de diâmetro, aparentando uma coloração inicial esverdeada, que vai passando posteriormente para rosada, tornando-se mais visível.

O importante papel dos agricultores

Segundo a Associação Portuguesa da Castanha, no combate a esta praga os agricultores têm um papel preponderante e crucial, numa primeira fase, através do uso de plantas não infectadas (usar nas plantações material com passaporte fitossanitário), numa segunda fase, na verificação semanal das plantações jovens e eliminação das galhas infectadas, numa terceira fase, na comunicação aos serviços dos locais com presença da vespa das galhas e, por último, no uso de práticas culturais adequadas à fase da luta biológica.

O Município de Chaves alerta assim para a necessidade de os produtores realizarem inspecções semanais aos castanheiros e de terem o cuidado de ao plantar novas árvores, que sejam detentoras de passaporte fitossanitário, já que a praga foi introduzida em Portugal por espécies de castanheiros vindas do estrangeiro.

A sessão, realizada no Auditório do Centro Cultural de Chaves, foi também dedicada a presidentes das Juntas de Freguesia, associações e público em geral e foi promovida pelo Município, em conjunto com a Associação Portuguesa da Castanha (Refcast) e a Direcção Regional de Agricultura e Floresta do Norte (DRAPN).

Na acção de esclarecimento esteve presente o presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, o coordenador técnico da Refcast, Cândido Rodrigues, o técnico superior da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Luís Sá, e pelo Gabinete Técnico Florestal de Chaves, Sílvio Sevivas.

No caso de detecção de galhas contaminadas, os produtores devem proceder à sua remoção para um saco e queimá-las, bem como comunicar os focos de detecção que identifiquem através dos seguintes meios:

– Gabinete Técnico Florestal do Município de Chaves – 961 331 208 ou através do e-mail pcivilchaves@gmail.com;
– DRAPN – 276 333 158;
– AFACC – 968 779 809.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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