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Serviço Regional de Avisos Agrícolas da Madeira alerta para doenças dos citrinos e bananeira

O Serviço Regional de Avisos Agrícolas da Madeira alerta para a possibilidade das doenças da lagarta mineira dos citrinos e a traça do limoeiro e aconselha a colocação de sacos (mangas plásticas) no cacho da bananeira.

Segundo o Aviso Agrícola n.º 4/2022, a lagarta mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella Stainton), quando instalada, é de difícil combate. Na Primavera, os adultos fazem as posturas nas folhas e as lagartas penetram no interior das folhas, alimentando-se dos seus conteúdos, traçando as típicas galerias. Como consequência, as folhas deformam-se e deixam de exercer a sua função, caem prematuramente e comprometem o crescimento dos raminhos.

E acrescenta que de Abril a Outubro, deve-se observar os jovens rebentos com folhas menores que 3 cm, para localizar a presença da praga.

Aconselha aquele Serviço Regional de Avisos Agrícolas a realização de um tratamento fitossanitário com um dos insecticidas homologados quando atingido o nível económico de ataque de 10 a 15% de rebentos com larvas.

Quanto à luta química contra esta praga, aconselha “evitar a utilização de produtos de largo espectro de acção. Aplicação dirigida aos rebentos”.

Traça do limoeiro

Quanto à traça do limoeiro (Prays citri), diz aquele Aviso que “este inimigo é considerado uma praga chave na cultura do limoeiro, podendo, contudo, afectar a tangerineira, outra espécie de citrinos importante na Região”.

A lagarta da traça esconde-se nos botões florais, onde se alimenta e destrói as flores. A sua actividade é particularmente visível pelo aglomerado de botões florais secos, teias, excrementos e detritos vegetais, que forma durante a alimentação (por vezes, os botões florais destacam-se e ficam presos por teias finas).

“Na fase actual de floração e o início do voo da praga, observe os órgãos florais para determinar a presença deste inimigo. Para o efeito, recomenda-se a observação de 300 botões florais, sendo o nível económico de ataque considerado quando 5% destes órgãos estiverem atacados (com posturas ou perfurações)”, realça o mesmo Aviso.

Após o vingamento, observe 100 pequenos frutos, sendo o nível económico de ataque considerado, quando 2% a 3 % dos frutos atacados (com posturas ou perfurações).

Bananeira

Quanto à bananeira, é originária do Sudeste asiático. Esta cultura tem elevadas produções em regiões com temperaturas altas todo o ano, com médias mensais entre os 24 e os 29ºC, podendo ter um desenvolvimento razoável em locais com temperatura entre os 15 e os 35ºC. Temperaturas abaixo dos 15ºC paralisam a actividade da planta.

“As baixas temperaturas que se têm registado na Região Autónoma da Madeira, em particular as temperaturas nocturnas, podem provocar atrasos no desenvolvimento vegetativo da bananeira, a queima das plantas e/ou dos frutos em desenvolvimento, tornando-os pequenos com a maturação incompleta”, diz ainda o Serviço Regional de Avisos Agrícolas da Madeira.

E salienta que a colocação do saco nos cachos é uma prática que ajuda a minimizar os efeitos negativos provocados pelas baixas temperaturas. “Após a limpeza do cacho, com a remoção das flores, recomenda-se a colocação de sacos”.

No interior das mangas plásticas forma-se um microclima, com um equilíbrio térmico mais favorável, o que permite um melhor desenvolvimento do cacho, com maior uniformização das pencas, podendo antecipar a colheita em 2 a 3 semanas, diz aquele Aviso.

Pode ler o Aviso Agrícola n.º 4/2022 completo aqui.

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