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Serra da Aboboreira formalizada como Paisagem Protegida Regional

Após um longo caminho percorrido por várias entidades durante quase 35 anos, a Serra da Aboboreira foi ontem, 30 de Março, oficialmente reconhecida e aprovada enquanto Paisagem Protegida Regional, no decorrer da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios do Douro e Tâmega, em Baião.

De forma a celebrar a concretização e conclusão do projecto, o município baionense recebeu, ainda, durante a tarde, o seminário global “Gestão Activa do Património Natural da Serra da Aboboreira”, promovido pela Associação de Municípios do Douro e Tâmega (AMDT), sessão essa dedicada ao debate dos resultados obtidos até ao momento, assim como o futuro da Serra da Aboboreira enquanto a mais recente Paisagem Protegida Regional, refere uma nota de imprensa dos responsáveis pela Serra.

O seminário, que teve lugar no Auditório Municipal, foi iniciado pelos representantes dos concelhos abrangidos pela Serra da Aboboreira, com as intervenções da presidente do conselho directivo da Associação de Municípios do Douro e Tâmega e presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Cristina Vieira, pelo presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, e pelo presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, tendo contado também com a presença de várias entidades relevantes.

Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião

Durante o discurso do presidente anfitrião, Paulo Pereira reforçou a necessidade de uma cooperação conjunta nesta nova fase. “Cabe-nos a nós, representantes políticos e restante comunidade envolvida, trabalhar com um objectivo comum que passa por proteger este território com tanto valor”, afirmou o autarca. Na sua intervenção, José Luís Gaspar complementou a ideia, afirmando que “Atingimos um compromisso e eu sei que a população, que todas as entidades, todas as autarquias e todas as juntas de freguesia estão dispostas a fazer com que a região tenha um futuro promissor”.

Num primeiro momento, Ricardo Magalhães, secretário-geral da AMDT, procedeu à “Apresentação de resultados – Passo a passo”, seguido da exibição do documentário “Aboboreira: A Serra Viva”.

Já na segunda parte, foi apresentado o painel “Serra da Aboboreira: o futuro da nova Paisagem Protegida Regional”, com a intervenção de João Honrado, docente e investigador na Universidade do Porto e CIBIO/BIOPOLIS, que desenvolveu o tema “Os desafios da nova Paisagem Protegida Regional”, ao qual se juntaram Jorge Dias, técnico do ICNF e Ricardo Bento, Pró-Reitor para o Planeamento, Território e Património da UTAD, para uma mesa-redonda, com a moderação de Joaquim Alonso, docente e investigador do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e CIBIO/BIOPOLIS.

Para finalizar, a sessão de encerramento foi protagonizada pelas intervenções do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, da Directora Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte, Sandra Sarmento, e da presidente do conselho directivo da AMDT, Cristina Vieira, que entre agradecimentos, referiu os desafios que se avizinham.

“O dia 30 de Março de 2023 vai ficar na história da região do Douro e Tâmega com especial relevo para os três municípios envolventes da Serra da Aboboreira. A partir de hoje é fundamental trabalhar em coordenação entre todos nós, decisores políticos, empresas, organizações não governamentais e comunidade em geral para garantir a implementação de políticas e acções que promovam o equilíbrio entre a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconómico local”, disse Cristina Vieira.

Por fim, o secretário de Estado, João Paulo Catarino, dirigiu também algumas palavras aos presentes. “Sabemos e valorizamos muito a importância que as iniciativas locais e regionais têm na área da conservação da natureza. Para o Governo, os autarcas são, acima de tudo, os grandes promotores e terão de ser, no futuro, grandes promotores destas áreas protegidas como aqui estão três extraordinários exemplos. É este o trabalho do futuro, é pela diferenciação que nós conseguimos qualificar os nossos territórios e que os podemos promover, em termos nacionais e internacionais, e o facto de terem aqui este activo diferenciador em termos ambientais pode e vai, com certeza, valorizar os vossos territórios, mas temos de encontrar uma forma de que os que vivem neles sintam essa valorização e que a sintam em todas as suas dimensões”, referiu o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas.

De referir que a iniciativa é financiada pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte e comparticipada pela União Europeia.

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