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Serotipo 4 da língua azul chega a Setúbal e Castelo Branco. Vacinação obrigatória

A língua azul ou febre catarral ovina continua a alastrar pelo País. Depois da detecção de resultados positivos ao serotipo 4 no concelho na região do Alentejo, em Agosto de 2021, a doença chegou a Setúbal e Castelo Branco.

A língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afecta os ruminantes, com transmissão vectorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Segundo o Edital nº 59 da DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária de 10 de Novembro, “encontra-se definida uma zona afectada por serotipo 1 e por serotipo 4 do vírus da língua azul que abrange a região do Algarve”.

Mas, “em virtude da detecção de resultados positivos ao serotipo 4 no concelho de Serpa, na região do Alentejo, em Agosto de 2021 e posteriormente da confirmação de novos focos de serotipo 4 do vírus da língua azul noutros concelhos das Regiões do Alentejo, de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro, são definidas a região do Alentejo e os distritos de Santarém, Setúbal e Castelo Branco, como área afectada pelo serotipo 4”.

Explica o Edital, assinado pela Directora-Geral de Alimentação e Veterinária, Susana Guedes Pombo, que as medidas de controlo implementadas na sequência dos serotipos do vírus da língua azul que surgiram em Portugal continental, têm sido adaptadas em função da avaliação dos resultados dos programas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas livres e zonas afectadas, na implementação de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis e de programas de vacinação.

A vacinação obrigatória do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução tem sido a medida mais eficaz para controlar a doença, aconselhando ainda a DGAV a vacinação dos restantes animais das espécies  sensíveis.

As áreas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira constituem zonas livres de língua azul.

Pode consultar o Edital nº 59 sobre Febre Catarral Ovina/Língua Azul aqui.

Língua Azul

Segundo os técnicos da DGAV, a Língua azul é causada por um arbovírus da família Reoviridae, género Orbivirus. Existem 24 serotipos antigénicos do vírus que não desenvolvem imunidade cruzada entre si. A virulência varia com os serotipos do vírus.

É uma doença viral, infecciosa não contagiosa, não transmissível aos humanos. Existem 26 serotipos que se traduzem por 26 doenças diferentes sem imunidade cruzada entre elas.

A doença é habitualmente transmitida por insectos do género Culicoides, que são os vectores biológicos.

Foram identificados na Europa nos últimos anos, vários serotipos de Língua Azul, sendo que o mapa das zonas de restrição pode ser consultado no Portal da Comissão Europeia.

Língua Azul

Segundo os técnicos da DGAV, a Língua azul é causada por um arbovírus da família Reoviridae, género Orbivirus. Existem 24 serotipos antigénicos do vírus que não desenvolvem imunidade cruzada entre si. A virulência varia com os serotipos do vírus.

É uma doença viral, infecciosa não contagiosa, não transmissível aos humanos. Existem 26 serotipos que se traduzem por 26 doenças diferentes sem imunidade cruzada entre elas.

A doença é habitualmente transmitida por insectos do género Culicoides, que são os vectores biológicos.

Foram identificados na Europa nos últimos anos, vários serotipos de Língua Azul, sendo que o mapa das zonas de restrição pode ser consultado no Portal da Comissão Europeia.

A distribuição geográfica da Língua Azul depende da presença de certas espécies de Culicoides (nomeadamente C. imicola, C. obsoletus, C. pulicaris).

Sintomas

Na forma aguda da doença, nos ovinos, verifica-se:

  • Hipertermia (chegando aos 42ºC)
  • Depressão
  • Inflamação, ulceração, erosão e necrose da mucosa bucal
  • Língua tumefacta e às vezes cianosada
  • Claudicação devida a coronite ou pododermatite e miosite
  • Aborto
  • Complicações de pneumonia
  • Emagrecimento
  • Morte em 8 a 10 dias ou cura lenta com alopécia e atraso do crescimento
  • Protecção cruzada

Na forma sub-aguda (bovinos e ovinos das zonas enzoóticas) verifica-se:

  • Sinais isolados, tais como, cordeiros débeis, aborto, anomalias congénitas (ataxia, artrogripose, hidrocefalia), em estudos realizados em laboratório, com vírus adaptados, é incerta a sua aplicabilidade geral
  • Baixo índice de mortalidade.

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