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Se o BE for governo cria uma taxa sobre a produção florestal de crescimento rápido e a indústria da celulose

As eleições legislativas são já a 30 de Janeiro de 2022. As sondagens não dão maioria absoluta a nenhum dos dois maiores partidos, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata. O PAN – Pessoas-Animais-Natureza já se mostrou disponível para ter um Ministério, seja com o PS ou com o PSD. E os restantes partidos à esquerda tudo farão para ter mais votos e mais deputados no Parlamento, de modo a influenciarem a governação do próximo Executivo.

É nesse sentido que o Bloco de Esquerda (BE) alerta já, no seu programa eleitoral, que defende a “criação de uma taxa sobre a produção florestal de crescimento rápido e a indústria da celulose com aplicação de receitas no financiamento de serviços de ecossistema florestais com espécies autóctones”.

Segundo o programa eleitoral dos bloquistas, que querem “promover a produção agroflorestal extensiva e multifuncional”, em “consequência das alterações climáticas, prevê-se uma descida até 30% da produtividade agrícola, mas a procura mundial de alimentos vai continuar a subir. Assim, aumenta o risco de intensificação das actuais áreas produtivas”.

E acrescenta que “num mercado liberalizado, a desvantagem competitiva dos sistemas agroflorestais extensivos leva a maior risco de abandono. A resposta às alterações climáticas exige uma alteração de políticas agroflorestais a incorporar na política de desenvolvimento rural e em particular do interior”.

Banco Público de Terras

Defende ainda o Bloco no seu programa a criação do Banco Público de Terras exclusivamente dedicado a culturas extensivas e à transição ecológica agroflorestal e a criação de apoios públicos financiados pela Política Agrícola Comum (PAC) e destinados a serviços de ecossistema, prestados pela actividade agroflorestal com os objectivos de prevenção de incêndios, preservação de biodiversidade, melhoria da fertilidade dos solos e protecção de recursos hídricos, com pagamento em função de resultados”.

As propostas do BE passam ainda pela identificação das áreas agrícolas de elevado valor para preservação de biodiversidade com dependência agrícola, limitando o uso do solo a sistemas de produção compatíveis e pela promoção da produção animal extensiva de forma complementar a outras actividades agroflorestais e de ordenamento do território, garantindo melhor qualidade de vida animal e menores impactos ambientais.

Por outro lado, os bloquistas defendem o apoio à instalação de pequenos sistemas de regadio de forma a preservar e expandir modelos agrosilvopastoris extensivos em agricultura de conservação localizados em territórios mais vulneráveis à seca.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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