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Sardinha: Câmara de Sesimbra apoia pescadores e pede estudos “científicos rigorosos”

A Câmara Municipal de Sesimbra está preocupada com as possíveis restrições à pesca da sardinha em Portugal. Diz estar do lado dos pescadores e está a desenvolver uma série de contactos com as associações do sector.

A autarquia, presidida por Francisco Jesus, salienta que as notícias, que surgiram a partir do conjunto de dados disponibilizados pelo International Council for the Exploration of the Sea, relativa a 2017, “ignoram o aumento da biomassa na ordem dos 30% registado nos últimos dois anos, em resultado da enorme contenção de pesca concretizada a partir de Setembro de 2014”.

O presidente da Câmara iniciou já um conjunto de contactos e reuniões com associações e entidades do sector para debater o assunto, que diz ser “de enorme gravidade e importância para Sesimbra”.

No dia 30 de Outubro, reuniu com a ArtesanalPesca, Sesibal, Associação dos Armadores de Pesca Artesanal e Local do Centro e Sul e Associação do Sul dos Armadores de Pesca Costeira e Construção Naval, com novo encontro logo agendado para hoje, 22 de Novembro. Na primeira reunião, os dirigentes defenderam que o esforço de pesca para 2018 deve situar-se em 23 mil toneladas, valor em linha com o objectivo defendido pelo Governo, de recuperação de um mínimo de 5% ao ano da biomassa.

Ontem, 21 de Novembro, Francisco Jesus recebeu a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco para debater o tema.

10 embarcações de pesca do cerco

No concelho de Sesimbra, a pesca do cerco envolve 10 embarcações e duas centenas de profissionais, pelo que “qualquer decisão que seja tomada no sentido de limitar esta actividade significa um impacte real em mais de 600 pessoas, se tivermos em conta os agregados familiares”, refere fonte institucional da Câmara de Sesimbra.

A autarquia diz ser “favorável a uma pesca sustentável”, no entanto, defende que “qualquer restrição deve ter por base, obrigatoriamente, estudos científicos rigorosos, credíveis e suportados por metodologias adequadas, uma articulação forte com as associações de pescadores e outras entidades ligadas ao sector”. Para o município liderado por Francisco Jesus, “não se concebe que se façam alterações com o impacto daquelas que vão sendo sugeridas nos últimos dias sem que estes profissionais sejam ouvidos”.

Para a Câmara Municipal de Sesimbra é fundamental encontrar um ponto de equilíbrio que garanta a “sustentabilidade da sardinha, mas também a dignidade e o sustento dos pescadores”, pelo que “estará sempre ao lado dos pescadores e fará tudo o que estiver ao seu alcance para defender interesses da comunidade piscatória”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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