O SinFAP – Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Protecção Civil informa que os “trabalhadores da conservação e florestas estão juntos” e arrancam para a greve em luta por melhores direitos e carreiras profissionais. São cerca de dois mil Sapadores Florestais que iniciam amanhã, em todo o País, “aquela que é a maior acção de luta registada em Portugal, com uma greve por tempo indeterminado que serve de alerta para a resolução imediata da precariedade e dos baixos salários que afectam os Sapadores Florestais do público e do privado”.
Os Sapadores Florestais iniciam amanhã, 28 de Junho, uma greve por tempo indeterminado. E os Vigilantes da Natureza (em greve nacional apenas amanhã) vão concentrar-se junto ao Ministério do Ambiente e Energia, em Lisboa, onde será exposta uma “pequena sátira ambiental” alusiva à falta de Revisão da Carreira Profissional e onde será entregue à tutela uma proposta de revisão da carreira feita pelo SinFAP.
Os Sapadores Florestais que entram em greve por tempo indeterminado pertence às seguintes entidades: assistentes operacionais com função de Sapador Florestal das Comunidades Intermunicipais, Municípios e Freguesias; Sapadores Florestais das Organizações de Produtores Florestais; Sapadores Florestais dos Conselhos Directivos de Baldios, independentemente do seu vínculo contratual, segundo se pode ler no pré-aviso de greve do SinFAP.
Os Sapadores Florestais lutam pela integração na Carreira Profissional de Bombeiro Sapador a todos os assistentes operacionais que desempenham funções de Sapador Florestal; pela implementação do Estatuto Profissional para os sapadores florestais do sector privado; e pelo aumento da verba anual do Programa de Sapador Florestal para os 70 mil euros, de forma que possa suportar os aumentos salariais junto das Associações de Produtores Florestais e Baldios detentoras de Equipas de Sapadores Florestais (ESF).
Por outro lado, propõem que se considere esta como uma Profissão de Risco e Desgaste Rápido e reivindicam a passagem à reforma aos 60 anos, dado a complexidade das funções inerentes; o aumento da verba atribuída à aquisição de fardamento e redução do IVA para 6% como aplicado às associações humanitárias e a restituição do valor do IVA até 1200€ em reparações de bens móveis; e a redução do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos, sobre o trabalho realizado no âmbito florestas às entidades detentoras de ESF ou a utilização do gasóleo verde nas equipas e brigadas de sapadores florestais.
Querem ainda aqueles profissionais que se inclua o apoio do Fundo Ambiental para o técnico de acompanhamento com mais de 3 equipas completas; o pagamento das despesas de material perdido/danificado no decorrer das acções integradas no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais; e a Reforma do Programa de Sapador Florestal.
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