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Ricardo Serrão Santos: Energia, aquacultura e sustentabilidade das pescas são prioridades na área do Mar

As energias renováveis produzidas no mar ou a partir dele, a aquacultura, nomeadamente de algas, as áreas marinhas protegidas e a sustentabilidade das pescas são as prioridades do Governo para a área do Mar, disse o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, em Faro.

Portugal deve ainda contribuir “para a governação dos oceanos a nível global”, disse o ministro numa declaração à imprensa após uma conferência na Universidade do Algarve sobre o stress dos oceanos.

“Algas são uma produção de futuro”

Sobre a aquacultura Serrão Santos destacou que as “algas são uma produção de futuro e pouco impacto nas alterações climáticas”.

A sustentabilidade das pescas liga-se com a “criação do programa das redes de áreas marinhas protegidas”, onde o peixe pode reproduzir-se e crescer, procurando compatibilizar “o melhor conhecimento científico com sustentabilidade das comunidades pesqueiras”, essencial para gestão das quotas de pesca.

Ricardo Serrão Santos acrescentou que as comunidades piscatórias fazem parte da “economia e da cultura portuguesa”, pelo que, as decisões sobre gestão das quotas “são sempre dialogadas com o sector”.

“Muitas das recomendações para esta área” são feitas pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar, onde estão representados os países, e “nesta matéria são tidas em conta as contribuições dos nossos cientistas”, disse.

Compensações aos pescadores

O Ministro afirmou que as compensações aos pescadores devem continuar “até porque, se a sustentabilidade dos recursos é importante, também o é o das comunidades piscatórias”.

Também a investigação marinha vai continuar a ser um investimento do País, disse Serrão Santos. Recentemente foi publicado um estudo sobre a produção internacional de investigação marinha, que coloca Portugal em lugar de topo a nível europeu.

A conferência internacional das Nações Unidas que vai decorrer em Portugal em 2020 e a presidência portuguesa do Conselho Europeu em 2021, são também oportunidades para que o País contribua para a gestão partilhada dos oceanos, essencial para que continue a “orientar políticas globais para mar, para além das nacionais”, frisou Ricardo Serrão Santos.

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