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Ricardo Serrão Santos: Áreas Marinhas Protegidas são “ferramenta poderosa para proteger os recursos marinhos vivos” e devem ser estabelecidas na Antárctida

“Como ministro do Mar de Portugal estou preocupado com as múltiplas ameaças que o oceano enfrenta. As Áreas Marinhas Protegidas demonstraram ser uma ferramenta poderosa para proteger os recursos marinhos vivos e considero muito importante estabelecê-las na Antárctida, contribuindo para a preservação da biodiversidade marinha global”, disse o ministro Ricardo Serrão Santos na conferência “Antárctida: Presente e Futuro”, no Museu Arqueológico Nacional, em Madrid, Espanha.

O governante acrescentou que Portugal defende a importância do reconhecimento pela comunidade internacional do Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas sobre o Oceano e a Criosfera num Clima em Mudança, no que diz respeito também à Antárctida, diz um comunicado enviado pelo Gabinete do Ministro do Mar.

O ministro Ricardo Serrão Santos sublinhou, ainda, a importância da concertação mundial nas reuniões no âmbito da ONU: COP 15 sobre a Convenção sobre Diversidade Biológica (China), COP 26 sobre Alterações Climáticas (Reino Unido) e a Conferência dos Oceanos da ONU que Portugal acolherá, juntamente com o Quénia, em Lisboa, de 27 de Junho a 1 de Julho de 2022.

A conferência “Antárctida: Presente e Futuro”, na qual participam governantes, cientistas e peritos de renome mundial, foi aberta pelo chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez, e visa assinalar o 30.º aniversário do Protocolo ao Tratado para a Antárctida sobre a Protecção do Meio Ambiente, assinado a 4 de Outubro de 1991.

Poluição e pesca ilegal

A Antárctida é responsável por 20% da redução global de CO2 na atmosfera e o seu ecossistema está a mudar rapidamente devido à intensificação das alterações climáticas globais. O Oceano Sul, que rodeia a Antárctida, está cada vez mais sob pressão antropogénica, tal como a poluição, a pesca ilegal, a acidificação e as espécies exóticas invasoras, acrescenta o mesmo comunicado.

“Em termos de ciência, o futuro é promissor com a Década da ONU da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável, uma vez que a comunidade científica está organizada para enfrentar os desafios da ciência dos oceanos do Sul neste contexto. É também importante o trabalho realizado no âmbito da Década da ONU para a Restauração do Ecossistema, que decorre em paralelo. Mas a ciência não será suficiente para alterar o status quo, precisamos de boa governação que esteja empenhada num diálogo multilateral”, destacou, ainda, o ministro do Mar.

O Programa Polar Português, com especial enfoque na Antárctida e nas águas circundantes do Oceano Sul, promove a ciência polar de excelência, apoiando-se na cooperação internacional, e fomentando a investigação multidisciplinar para aumentar o conhecimento das regiões polares, pilares do sistema climático global.

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