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Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo mantém-se na Rede Mundial

A UNESCO, através do Conselho de Coordenação Internacional do Programa MaB, reunido no dia 19 de Março em Lima, no Perú, decidiu favoravelmente as adaptações propostas pelo órgão de gestão da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo.

Foi considerado que “o plano de gestão, o zonamento e a participação dos agentes locais, se enquadram nas recomendações anteriormente solicitadas, pelo que se conclui que a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo se enquadra nos critérios da regulamentação estatutária da rede mundial do Programa MaB”.

Esta decisão reconhece, além do elevado potencial de conservação do Paul do Boquilobo, a singularidade e sustentabilidade de uma vasta área rural que inclui também a agricultura, outras actividades económicas e aglomerados populacionais.

Com esta decisão é também reconhecido um modelo de gestão inovador que inclui entidades públicas e privadas, suportado por um conselho consultivo composto por vários representantes da comunidade local, ensino, investigação, autarquias, actividades económicas, associações de desenvolvimento local e empresas.

As adaptações aceites incluem ainda um acréscimo significativo da área total da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo assim como um novo zonamento.

“O órgão de gestão sublinha a importância do envolvimento e contributo de todos os parceiros nesta nova estratégia de desenvolvimento da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo”. Considera que esta “é uma oportunidade para favorecer a conservação da paisagem, dos ecossistemas e das espécies, fomentando o equilíbrio entre a natureza e o desenvolvimento social, cultural, e económico, promovendo o desenvolvimento sustentável”. E “acredita que esta confirmação do estatuto para a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo vai permitir incorporar num território que compreende as Freguesias de Riachos, Golegã, Azinhaga, Pombalinho e Brogueira, as mais-valias da chancela da UNESCO”.

A primeira portuguesa na Rede Mundial de Reservas da UNESCO

A Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo foi a primeira área portuguesa a integrar a Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, sendo reconhecida como uma amostra representativa das zonas húmidas de elevado valor, onde se procuram formas de conciliar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.

Com uma área inicial de cerca de 554 ha, e sendo uma reserva de 1ª geração, não incluía actividades económicas nem um modelo de governança com a participação das entidades locais.

Através de protocolo de gestão assinado em 2014, passou a ter um modelo de gestão partilhado pela OngaTejo, Câmara Municipal de Golegã, Câmara Municipal de Torres Novas e Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o qual é apoiado por um conselho consultivo que integra mais de 50 entidades onde se incluem autarquias, estabelecimentos de ensino, organizações não-governamentais, associações de desenvolvimento local, agricultores e representantes de outras actividades económicas.

Com a decisão favorável do Conselho de Coordenação Internacional do Programa MaB, a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, passa agora a integrar as Freguesias de Pombalinho, Azinhaga, Golegã, Riachos e ainda a União de Freguesias de Brogueira, P. Igreja e Alcorochel, numa área total de cerca de 5896 ha.

O Plano de acção/gestão (desenvolvimento) da reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo inclui medidas de conservação de ecossistemas, de valorização e desenvolvimento de actividades sustentáveis e ainda medidas que promovem o conhecimento, a educação ambiental e a investigação.

A Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo pretende ainda desenvolver acções, neste espaço natural qualificado e diferenciado, que promovam serviços e produtos de qualidade e consequentemente criem mais-valias sociais e económicas para a região.

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