O Comité Europeu das Regiões (CR) pediu que a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) garanta uma compensação justa aos agricultores, de forma a que este sector continue a ser uma fonte de “emprego adequadamente compensado” e se mantenha atractivo no futuro. E propõe também uma nova distribuição dos pagamentos, para fazer face a uma “provável redução do orçamento” da próxima PAC.
O parecer foi aprovado, em Bruxelas, no passado dia 12 de Julho, por uma ampla maioria, na sessão plenária do Comité, com os representantes das regiões da União Europeia (UE) a pedirem que a PAC mantenha uma agricultura “de qualidade, sustentável, a um preço justo e fonte de empregos adequadamente compensados em toda a UE”.
No seu parecer, o Comité alerta que o número de explorações agrícolas caiu 20% entre 2007 e 2013, salienta as diferenças de desenvolvimento entre as zonas rurais e urbanas e chama a atenção para a escassa remuneração de muitos agricultores.
Aumentar a atractividade do sector agrícola
“Todos queremos manter vivos os territórios rurais, mais isso não acontecerá sem aumentarmos a atractividade da profissão agrícola e o seu reconhecimento económico através de um rendimento justo e estável”, afirmou o relator do parecer do Comité, o francês Guillaume Cros.
Guillaume Cros defendeu uma maior regulação dos mercados agrícolas, “não só para assegurar uma agricultura europeia segura e de qualidade, mas também para prevenir melhor as crises sectoriais”. Uma nova distribuição dos pagamentos da PAC permitirá, segundo aquele responsável, fazer frente à “provável redução orçamental” da PAC.
A agricultura é o segundo maior sector laboral da UE, dando trabalho a 22 milhões de agricultores e a 44 milhões de pessoas no resto da cadeia agro-alimentar.
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