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RAIZ entre as entidades mais inovadoras e líder na bioeconomia florestal

O RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, Laboratório de R&D detido pela The Navigator Company, Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra e Universidade de Lisboa, através do Instituto Superior de Agronomia, acaba de alcançar uma posição na lista nacional das entidades mais inovadoras em Portugal. Com um total de 20 patentes submetidas ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em 2022, o RAIZ conquistou o 3º lugar no ranking nacional de invenções, consolidando a sua posição como líder na bioeconomia de base florestal.

As patentes submetidas em 2022 pelo centro de I&D e transferência de conhecimento da The Navigator Company incluem a criação de uma nova geração de produtos e tecnologias inovadores e diferenciadores a partir de uma matéria-prima nacional: o eucalipto globulus.

Esta espécie possibilitou, entre múltiplos exemplos, o desenvolvimento de novos bioprodutos, como biocompósitos à base de celulose e bioplásticos, com potencial de utilização em indústrias tão diversas como a injecção e moldagem de plásticos, filamentos para impressão 3D e indústria têxtil, avança um comunicado de imprensa da Navigator.

Os processos e produtos desenvolvidos pela Navigator, através do Instituto RAIZ, e com a colaboração de diversas entidades parceiras, “estão a viabilizar novas aplicações da celulose de eucalipto, como ficou patente no projecto inpactus, o maior investimento realizado até hoje em Portugal num programa de I&D no domínio da bioeconomia de base florestal, na ordem dos 15 milhões de euros”.

“Conhecimento de vanguarda”

Além de ter “gerado conhecimento de vanguarda e formado profissionais altamente qualificados, o inpactus contribuiu para o lançamento de quatro inovações já em fase de comercialização – três produtos de papel higiénico-sanitário e outro de papel de embalagem kraftliner produzido a partir de pasta de alto rendimento -, mas também oito potenciais novos produtos e negócios no domínio da bioeconomia de base florestal. O contributo do projecto é igualmente visível nos 66 protótipos e 114 provas de conceito gerados, entre outros produtos inovadores e diferenciadores criados”, avança a mesma nota.

Entre os múltiplos resultados do inpactus é de destacar igualmente o desenvolvimento de um processo inovador de produção de pastas de alto rendimento. Este foi o ponto de partida para um dos lançamentos mais importantes na história recente da Navigator: a nova gama de papéis para embalagem gKRAFT, oferecendo uma alternativa aos produtos de origem fóssil, como o plástico.

O ranking divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial vem agora destacar a posição de liderança do RAIZ entre as entidades mais inovadoras em Portugal. Por outro lado, “vem reafirmar o compromisso da Navigator com a criação de valor responsável para a sociedade, através de produtos e soluções sustentáveis, recicláveis e biodegradáveis, que contribuem para a fixação de carbono, para a produção de oxigénio, para a protecção da biodiversidade, para a formação de solo e para a regularização do ciclo da água”, diz a mesma nota.

Florestas e bioeconomia circular

A lista de 20 patentes submetidas em 2022, num portefólio total de cerca de 40 patentes de que o RAIZ é detentor, é “o resultado do trabalho e dedicação da equipa de investigadores no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis”, refere a Navigator.

E adianta que “este trabalho de investigação vem demonstrar que o processo tradicional de produção de pasta de celulose tem um elevado potencial para gerar outros fluxos valiosos que podem ser utilizados para novos produtos de valor acrescentado. Com efeito, onde hoje se converte a madeira e biomassa em fibra celulósica, produtos papeleiros e energia, num futuro próximo será também possível produzir biomateriais, biocombustíveis ou bioquímicos, alternativos aos derivados do petróleo”.

Esta capacidade de inovação e de industrialização do conhecimento “está presente na Navigator desde o momento fundador, quando, em 1957, a então Companhia Portuguesa de Celulose, em Cacia, se tornou a primeira em todo o mundo a produzir, à escala industrial, pasta branqueada de eucalipto globulus pelo processo kraft. Este pioneirismo contribuiu para aumentar o valor acrescentado da nossa floresta e transformar a Empresa num dos maiores produtores mundiais de pasta branca de eucalipto globulus e de papéis de impressão e escrita”.

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