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Quercus diz que vespa asiática está sem controlo e lança folheto explicativo

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza diz que a “vespa asiática revela tendência para colonizar áreas urbanas e está sem controlo em Portugal”. Para ajudar ao combate a esta espécie invasora está a distribuir um folheto explicativo (aqui).

Segundo a Quercus, “já se perdeu a conta aos ninhos de vespa-asiática encontrados em Portugal, mas este número atinge já os muitos milhares”. A espécie, que se encontrava inicialmente restrita ao Noroeste do País, tem progressivamente alargado a sua área para Sul e já se encontra confirmada a sua presença com ninhos em vários distritos como Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Guarda e em alguns casos pontuais no Alentejo e Algarve.

A associação critica ainda o “Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal”, que existe desde Janeiro de 2015, coordenado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sobre o qual diz que os resultados “foram decepcionantes e podemos dizer que o plano falhou em toda a linha”. Salienta a Quercus que naquele plano não foram incluídas as associações de defesa do ambiente, como sugeriu, e que está preocupada com a expansão acelerada da vespa-asiática em ambiente urbano, o que “já é evidente nas cidades do litoral do Norte do País, inclusive no Porto” e apela a um “novo e enérgico plano de monitorização e combate desta espécie invasora e que, desta vez, inclua como parceiros as associações de defesa do ambiente”.

Diminuição de mel

A vespa-asiática (Vespa velutina nigrithorax) é uma das 37 espécies que consta da “Lista de Espécies Exóticas Invasoras que Suscitam Preocupação na União” do Regulamento da União Europeia sobre espécie invasoras.

Estimativas apontam que a vespa-asiática possa provocar uma diminuição da produção de mel, a nível nacional, no valor de 5 milhões de euros. Infelizmente, outros insectos exóticos invasores ameaçam a economia e a biodiversidade de Portugal, tais como a mosca Drosophilla susukii, que ataca mirtilos, morangos, amoras, framboesas e cerejas e a vespa-do-castanheiro, que está já a atacar grande parte das culturas de castanheiro em Trás-os-Montes e nas Beiras.

Estimativas europeias apontam para que os impactos económicos anuais das espécies exóticas invasoras ascendam a 12 mil milhões de euros em toda a União Europeia, sendo que para Portugal este valor será superior a 250 milhões de euros.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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2 comentários

  1. Hábito em Gaia ,na zona de Gulpilhares ,e só no fim de semana da passado (PAscoa),entraram pela minha casa dentro duas vespas asiáticas .
    E uma área com arvoredo por perto,fiz uma vistoria pela zona ,mas não consegui ver ninhos ,no entanto deve haver por perto.
    Quem devo contactar ,será que me podem informar ? Vai valer de alguma coisa. ?
    Muito obrigada desde já pela vossa colaboração .

    • Boa tarde. Cristina, após a detecção de uma suspeita de ninho ou de exemplares de vespa velutina, deverá fazer colocar-se o registo com fotografia no site http://www.sosvespa.pt, informar o SMPC (Junta de Freguesia ou Câmara Municipal) e isolar o local onde se encontra o ninho sem nunca mexer nele.

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