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Produção de energia renovável representou 42% do consumo em 2017

As centrais renováveis geraram 23.5TWh, em 2017, o que equivale a 42% total do mix de produção eléctrica de Portugal (produção = consumo + exportação eléctrica). A electricidade excedente teve origem nas fontes fósseis, 32,7 TWh, o que equivale a 58% de produção.

Estas são algumas das conclusões da mais recente publicação da APREN — Associação Portuguesa de Energias Renováveis, com o título “2017 – Electricidade Renovável em Revista”.

Refere o documento que a produção de electricidade de origem fóssil foi responsável por um acréscimo de 4 milhões de toneladas de dióxido de carbono, enquanto o índice de dependência energética portuguesa atinge um dos valores mais elevados dos últimos anos, com 79%.

Apesar de tudo, acrescenta a publicação da APREN, foi evitada a importação de combustíveis fósseis avaliada em 770 M€, diminuindo o valor das licenças de emissões de CO2 em 49 M€.

O documento “2017 – Electricidade Renovável em Revista” faz um balanço do sector em 2017 e apela à aposta consistente nas energias endógenas e renováveis como forma de aumentar a autonomia energética do País.

Saldo exportador

O ano de 2017 fica marcado por um saldo exportador de 2,7 GWh, o segundo maior valor de sempre. Este valor apenas foi superado pelo saldo exportador de 2016 que foi de 5,1 TWh. Com o aumento da produção de electricidade de origem fóssil, 2017 é responsável por um acréscimo de 4 milhões de toneladas de dióxido de carbono, em relação a 2016.

Mesmo assim, neste ano foi evitada a importação de combustíveis fósseis avaliada em 770 M€, diminuindo o valor das licenças de emissões de CO2 em 49 M€.

A produção a partir de fontes de energia renovável fez baixar o preço do mercado grossista da electricidade. E, neste sentido, estima-se que a produção eléctrica proveniente das centrais eólicas, solares fotovoltaicas e pequenas hídricas tenham tido benefícios brutos de 660M€ na economia nacional por terem reduzido o preço do mercado grossista da electricidade em cerca de 18,2 €/MWh.

Potência aumenta 8%

De acordo com a associação que representa as empresas renováveis, entre 2000 e 2017, a potência instalada nos centros electroprodutores renováveis aumentou 8 % e a redução do preço de electricidade induzido pelas renováveis variáveis — “Efeito na Ordem de Mérito” — traduziu-se em termos acumulados entre 2010 e 2017, num ganho económico que ultrapassa o valor de 6 610 M€.

Inovações de 2017

Destacar que em 2017 entrou em funcionamento a central hidroeléctrica de Foz Tua (263 MW), a central geotérmica de Pico Alto (4,5 MW) e centrais solares fotovoltaicas de larga escala (14 MW), para além de várias unidades PV abrangidas pelo regime de auto-consumo (UPAC e UPP).

Com o objectivo de atenuar as alterações climáticas, e cumprir as metas da União Europeia, Portugal terá, até 2020, de atingir uma taxa de penetração das renováveis no consumo eléctrico de 60%.

Objectivos de 2018

Aproximam-se para 2018 desafios importantes como o reforço da rede para absorver a potência das novas instalações, o debate do novo pacote de energias limpas da UE, e consequentemente, o plano de energia e clima para Portugal, a transição e integração em mercado das centrais renováveis variáveis e a extensão de vida e repotenciação das centrais eólicas.

A APREN perspetiva principalmente um aumento do sector solar fotovoltaico existindo já cerca de 4 GW de pedidos de licenciamento de projectos. É expectável que, na sequência do anúncio, no final de 2017, da adesão de Portugal à “Powering Past Coal Alliance”, aliança criada na COP23, e com a declaração do primeiro-ministro e do ministro do Ambiente do objectivo da neutralidade carbónica em 2050, que “o ano de 2018 seja marcado por uma maior ambição no combate às alterações climáticas”, refere a associação.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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