A produção de cereja deverá ser maior este ano na Região Autónoma da madeira, devendo a sua produção aumentar das 85 toneladas registadas em 2016 para as cerca de 200 toneladas este ano.
Isso mesmo foi verificado no âmbito dos serviços de assistência técnica agronómica que a Direcção Regional de Agricultura presta aos agricultores do concelho de Câmara de Lobos, onde estão localizadas as maiores freguesias produtoras de cereja da Região, nomeadamente Jardim da Serra e Curral das Freiras, onde se constata que “a produção de 2017 está sendo muito mais favorável do que o registado em 2016”, diz fonte institucional do Executivo madeirense.
“As cerejeiras tiveram uma boa floração, e o vigamento das variedades regionais (cereja miúda) foi muito bom. Na cerejeira grada o vingamento foi menor, porque na época da sua floração ocorreram nevoeiros, chuva e vento”, adianta a mesma fonte.
Relativamente aos ataques da Drosophila Suzukii, conhecida por “mosca de asas manchadas” ou “mosca do vinagre”, é a praga que mais prejuízos provoca à cereja, pois faz as posturas nos frutos tendo como consequência a podridão dos mesmos, este ano estão em níveis inferiores comparativamente ao ano anterior.
415 produtores
A cultura da cerejeira na Região da Madeira envolve 415 agricultores, ocupando uma área de cerca 64 hectares. Mais de 95% das explorações de cerejeiras (e a mesma proporção para a área) localizam-se no concelho de Câmara de Lobos, no Curral das Freiras, mas, principalmente, no Jardim da Serra, local onde esta cultura se constitui como um verdadeiro “ex-libris” da zona, caracterizando a sua paisagem e toda a componente económica e social das suas populações.
Por ordem decrescente de área de cerejal seguem-se-lhe em termos de importância os concelhos de São Vicente, Funchal, Santa Cruz e Ribeira Brava (Serra d´Água).
As variedades mais comuns são as precoces “Regional” (cereja miúda mas de sabor delicioso, com grande tradição na Região) e “Norberto” (de frutos grados), e as tardias “Van”, “Serôdia” ou “Lustrosa” e “Grada de Lisboa”.
Agricultura e Mar Actual