A Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta (ACFEC), no Douro Superior, estimou quebras de pelo menos 50% na produção da azeitona de que detém os direitos de comercialização, a “Negrinha de Freixo”.
A azeitona de conserva “Negrinha de Freixo” é um produto com Denominação de Origem Protegida (DOP) pela União Europeia desde 21 de Junho de 1996.
Segundo disse à Lusa o presidente da ACFEC, José Santos, o ano agrícola foi “mau” para a produção desta qualidade de azeitona certificada, aliás, à semelhança do que aconteceu com outros produtos agrícolas.
“Na campanha de 2015, a ACFEC recebeu 1,2 milhões de quilos de azeitona de conserva Negrinha de Freixo. Este ano as estimativas rondam os 500 a 600 mil quilos”, indicou José Santos à Lusa, segundo o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
Menos azeitona mas melhor
De acordo com o dirigente, há menos azeitona este ano, mas a que está a entrar na cooperativa é melhor. Ainda segundo o responsável, a “Negrinha de Freixo” é um produto olivícola “muito procurado” por ser a “única” azeitona na região Norte a ostentar a chancela de DOP. “Praticamente toda a produção é exportada para Espanha”, disse.
A “Negrinha de Freixo” é uma azeitona de pequena dimensão, da variedade negra, que é consumida após tratamento ou em salmoura. Está mais vocacionada para a conserva do que propriamente para a produção de azeite. A sua produção está confinada aos concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Mirandela.
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