“Uma das vantagens competitivas [do azeite português] é o facto de Portugal iniciar a produção de azeite mais cedo do que outros países, numa altura em que existe grande procura por azeite novo, a preços mais interessantes. Mas essa vantagem acaba por não ter relevância em termos de origem, pois trata-se, na sua maioria, de exportações a granel”, diz o presidente da Casa do Azeite, Nuno Santos.
Mas, em termos da marca “Azeite Português”, uma das “principais vantagens é a existência de variedades tradicionais portuguesas, únicas, e com um perfil organolético também único. Será essa diferenciação e essa autenticidade que poderá trazer algumas mais valias importantes para a imagem do azeite português”, diz aquele responsável em entrevista à edição de Dezembro da Revista Portugalglobal, dedicada ao sector do azeite, editada pela AICEP.
Nuno Santos realça ainda ser o azeite “um produto que responde positivamente às principais tendências globais de consumo, nomeadamente por ser um produto saudável e 100 por cento natural, duas das principais características valorizadas pelos consumidores modernos. Por esses motivos, o consumo global de azeite no Mundo tem vindo a crescer, em termos gerais – descontando o efeito da actual conjuntura de preços elevados, que tem provocado uma quebra de consumo nos últimos dois anos”.
Segundo o presidente da Casa do Azeite, “continua a perspectivar-se, no entanto, um aumento global da produção e do consumo, e o azeite português tem sabido tirar partido dessa tendência para se posicionar de forma cada vez mais competitiva no mercado global”.
Para Nuno Santos, “em Portugal, a produção de azeite deverá continuar a crescer, à medida que forem entrando em produção novas áreas plantadas com olival moderno, irrigado, de elevada produtividade. Ao aumento da produção corresponderá, seguramente, um aumento das exportações nacionais de azeite, que em 2023 já superaram, pela primeira vez, os 1.000 milhões de euros (valor superior ao das exportações de vinho, incluindo o vinho do Porto), gerando um saldo positivo da balança comercial deste sector superior a 700 milhões de euros”.
Pode ler a edição de Dezembro da Revista Portugalglobal, editada pela AICEP, aqui.
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