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Presidente da CAL: “Empresas portuguesas podem crescer muito na África lusófona”

A Câmara Agrícola Lusófona (CAL) parte esta quinta-feira, 31 de Março, em missão empresarial à Guiné Equatorial. Até 6 de Abril os empresários portugueses têm a oportunidade de procurar negócios no sector agrícola.

As inscrições podem ainda ser feitas até hoje, 28 de Março, através do email internacionalizacao@calusofona.org ou do telefone 21 301 84 26.

Para Moçambique, a CAL parte dia 8 de Maio e regressa dia 16, os empresários podem fazer as inscrições até ao próximo dia 26 de Abril.

O presidente da CAL, Jorge Correia Santos, em entrevista à Agricultura e Mar Actual, diz que aquele país precisa de desenvolver a agro-indústria, indústria de sumos, indústria de carnes e hortifruticultura.

Penso que a Cachapuz fechou negócio, a Plastdiversity está em negociações e a Leaderfood vai abrir sucursal e um entreposto comercial.

 

A CAL parte na quinta-feira para a Guiné Equatorial. Que oportunidades tem aquele país para as empresas portuguesas?

Vamos com 12 empresas que podem procurar oportunidades no sector agro-alimentar e produção hortofrutícola, agropecuária, em especial suinicultura e avicultura, e nos cereais e oleaginosas.

Tratam-se de oportunidades de exportação ou também de investimento físico?

Principalmente de exportação, mas levamos alguns projectos de investimento em hortifruticultura, de logística de cereais e oleaginosas,  suinicultura,  e avicultura.

Que indústrias precisa a Guiné Equatorial de desenvolver?

As da agro-indústria, indústria de sumos, indústria de carnes, hortifruticultura e quarto gama.

É fácil entrar naquele mercado?

Não é dos mercados mais fáceis, mas com o devido acompanhamento nosso é relativamente fácil.

Como pode a CAL ajudar os empresários portugueses a fazerem lá negócios?

Através de network local, de parceiros locais, neste caso a Câmara de Comércio e Agrícola de Bioko. Podemos apoiar os empresários no seus projectos de investimento com apoios, quer do Portugal 2020 ou da Sofid, por outro lado temos os seguros de crédito para apoio à exportação, para qual temos um protocolo com a Crédito y Caución, e criámos recentemente um departamento de consultadoria.

Antes da Guiné Equatorial, a CAL esteve na Guiné-Bissau e em São Tomé e Príncipe. Como correram essas missões?

Muito bem, não pelo número de empresas que levámos, mas também pelas oportunidades de negócio que estes mercados oferecem às empresas. Existem ainda muitas oportunidades por descobrir e na maior parte das vezes as pessoas desconhecem estes mercados na realidade.

Quantas empresas foram em cada uma dessas missões?

Uma média de oito empresas.

Conseguiram muitos negócios?

Eu não tenho os números exactos, mas sei que houve boas perceptivas de negócio.

Quais?

Penso que a Cachapuz fechou negócio, a Plastdiversity está em negociações e a Leaderfood vai abrir sucursal e um entreposto comercial.

Em preparação está já outra missão, desta vez a Moçambique. Que oportunidades há naquele país?

Na Região Norte vamos para as Províncias de Cabo Delgado e Nampula, porque são províncias que crescem a dois dígitos e têm um enorme potencial de crescimento, devido aos grandes negócios do gás e petróleo. Começa a existir uma classe média com dinheiro e por outro lado temos muitos expatriados. Existe ainda muito campo para crescer para empresas portuguesas. Contrariamente ao que se diz, existem muitas oportunidades para as empresas portuguesas nestes mercados. Estes mercados não importam mais do que 30% das suas necessidades do universo agro-alimentar, perdemos para países como a Holanda, Brasil, Alemanha, França e até Espanha. Só existem dois mercados onde nós temos uma presença mais forte, na ordem dos 70% em Cabo Verde e de 80% no caso de São Tomé e Príncipe ao nível da exportação de produtos agro-alimentares portugueses, em todos os restantes perdemos em toda a linha.

Quando partem e até quando poderão ser feitas as inscrições?

Para Moçambique, partimos dia 8 de Maio e regressamos dia 16, os empresários podem fazer as inscrições até ao próximo dia 26 de Abril.

Missão a São Tomé e Príncipe

Visita ao CIAT-STP – Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de São Tomé e Príncipe

Audiência com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Manuel Salvador dos Ramos.

Visita à empresa Agripalma.

Audiência com o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe, Teodorico Campos.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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