O Prémio de Investigação Colaborativa Santander Totta/Universidade Nova de Lisboa, que festeja agora 10 anos desde a sua I Edição, em 2007, é atribuído hoje, premiando desta vez a cooperação entre as áreas da Ciência Política, da Filosofia e da Computação.
A cerimónia decorre às 18 horas na Nova, contando com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, assim como do Reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, e do presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro.
O grande vencedor de 2017 é o projecto “A Política dos constrangimentos: Estratégias discursivas” num jogo a três níveis. Tendo como investigadores principais Catherine Moury (IPRI-FCSH), Dima Mohammed (IFILNOVA-FCSH) e João Leite (Nova LINCS-FCT), reúne cientistas políticos e investigadores da argumentação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) com cientistas na área da computação da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT).
Esta multi-disciplinariedade permitiu desenvolver uma metodologia inovadora que analisa tanto qualitativa como quantitativamente o discurso argumentativo. A intenção é avançar o conhecimento nestes três campos (Ciência Política, Argumentação e Computação) e criar oportunidades para construir futuras colaborações interdisciplinares.
Na investigação premiada procura determinar-se como os decisores políticos – em Portugal, França e Espanha – legitimam as suas escolhas em termos de políticas públicas junto da opinião pública, num momento em que os governos estão fortemente constrangidos por actores internacionais, nomeadamente pela União Europeia e os mercados financeiros.
Adicionalmente, o estudo procura perceber se, e como, os políticos conciliam discursos como “não há alternativa”, que dão a ideia de que os mesmos estão desprovidos de poder e não conseguem fazer a diferença, com a legitimação política da sua função. No projecto, é estudado ainda como é que os actores não-governamentais, como os sindicatos, interagem discursivamente com os governos nestas circunstâncias. Finalmente, analisa-se como os “cidadãos comuns” percepcionam e discutem argumentos apresentados por actores políticos.
Prémio de 25.000 euros
Prémio de Investigação Colaborativa Santander/Universidade Nova de Lisboa, no valor de 25.000 euros, visa distinguir projectos de investigação a desenvolver por investigadores juniores da Nova e que envolvam, pelo menos, duas das unidades orgânicas da Universidade. O prémio, de periodicidade anual, contempla sucessivamente projectos de investigação no âmbito das Ciências Sociais e Humanas, Ciências da Vida e Ciências Exactas e Engenharias, tendo sido atribuído em 2016/2017 na área das Ciências Sociais e Humanas.
Na cerimónia desta terça-feira estarão presentes também alguns dos premiados ao longo dos 10 anos de existência.
“A relação com o Ensino Superior continua a ser a grande prioridade da política de responsabilidade social corporativa do Santander Totta que, através do Santander Universidades, colabora actualmente com 53 instituições de ensino superior portuguesas. Em 2016, o banco investiu 6,8 milhões de euros em actividades relacionadas com responsabilidade corporativa, entre os quais 5,9 milhões directamente nas universidades portuguesas”, refere uma nota do Santander Totta.
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