Os preços dos factores de produção da agricultura estavam já em alta acentuada, com os custos com a energia e os fertilizantes e pesticidas a aumentarem. A invasão da Ucrânia por parte da Rússia veio agora agravar a escalada de preços dos cereais importados. Um problema adicional para os produtores pecuários.
As cotações de cereais importados, com entrada nos portos de Lisboa, Aveiro e Leixões não param de subir. Desde o início da guerra na Ucrânia, que tem estado sem acesso aos portos marítimos, o preço do milho forrageiro já aumentou 36,2%, para os 395 euros a tonelada. A cotação da cevada forrageira subiu 29,5%, para os 395 euros a tonelada e o preço do trigo mole forrageiro está nos 400 euros a tonelada, um aumento de 29,03%.
Segundo a análise do SIMA – Sistema de Informação de Mercados Agrícolas, referente à semana 13 — 28 de Março a 3 de Abril —, o saldo comercial e o saldo em volume do mercado do sector de cereais é negativo, ou seja, Portugal é um País importador de cereais e os principais portos de entrada são Lisboa, Aveiro e Leixões.
A Ucrânia, a França, a Espanha e o Brasil são os países origem das maiores importações de Portugal, quer em quantidade, quer em valor monetário.
Refira-se que a cultura do milho forrageiro tem uma grande importância nas explorações bovinas, em especial nas explorações leiteiras, pois é uma matéria-prima com características de excelência para ensilagem e ainda por apresentar um óptimo índice de digestibilidade e palatibilidade para os bovinos.
Por outro lado, a nível mundial, 70% da produção de cevada é destinada à alimentação animal. Fornece ao animal cerca de 10% de energia que o milho, mas é superior em termos de proteína. É bastante utilizada nas rações.
Já o trigo mole forrageiro, com alto teor energético, é utilizado na composição de rações para aves, suínos, ovinos e bovinos.
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