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Portugueses preferem carne nacional, mas 52% não sabe qual a sua origem

A generalidade dos portugueses, 97%, consome carne. Mais de metade (60%) considera mesmo ser “muito importante” o facto de a carne ser portuguesa. Mas, mais de metade da população, 52%, diz desconhecer a origem da carne que consome. Estas são algumas das conclusões do estudo promovido pela FPAS – Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, em parceria com a GfK, sobre os hábitos de compra e consumo de carne da população portuguesa, em especial da carne suína. Este estudo surge no âmbito do lançamento da primeira marca de certificação da carne de porco 100% nacional, a Porco PT.

As respostas dos 1.269 inquiridos mostram uma tendência generalizada para o consumo de carne (97%) e o desconhecimento de mais de metade da população quanto à origem da carne que consome (52%). A análise realizada a nível nacional revela ainda que os gastos com carne assumem praticamente um terço (29%) do gasto médio mensal com alimentação (243€), suplantando os gastos com peixe (21%). Ao olhar apenas para os hábitos de consumo da carne suína, é possível verificar que se come frequentemente este tipo de carne dentro e fora de casa (47%), e várias vezes por semana (63%).

O questionário realizado porta a porta, mostrou ainda a preferência dos inquiridos quanto à origem portuguesa da carne. Mais de metade da amostra (60%) considera ser muito importante o facto de a carne ser portuguesa. “Um sinal claro da importância da criação do selo de certificação Porco PT, que garante a qualidade da carne suína 100% portuguesa, diferenciando-a da restante oferta”, refere fonte da FPAS. Segundo o estudo, verifica-se que a grande maioria opta pela carne fresca ao balcão (94%), sendo esta maioritariamente comprada em talhos tradicionais (76%).

Carne de porco é a mais saborosa

Em Portugal, o consumo de carne divide-se em três grandes tipos: aves, suína e bovina. Segundo o estudo realizado, neste momento a carne suína é considerada a mais saborosa.

A qualidade da oferta está ainda bastante relacionada com o nível de sabor proporcionado. Uma grande fatia dos inquiridos (80%) considera como muito importante a carne ter mais sabor e ser mais suculenta, factor muito associado à carne de porco portuguesa.

Para o presidente da FPAS, Vítor Menino, “os resultados agora apresentados neste estudo comprovam a importância que os portugueses dão ao consumo de carne com qualidade e que privilegiam o conhecimento da sua origem. Consumir carne Porco PT significa optar por uma carne certificada 100% portuguesa, que oferece mais sabor e mais tenrura”.

Porco PT – Escolha o que é nosso

Lançada pela FPAS, no dia 23 de Junho, a Porco PT é a nova marca de certificação da carne suína 100% portuguesa. Mais do que um selo de certificação que garante a qualidade e origem da carne que consumidos, a Porco PT é a resposta do sector à crise vivida nos últimos anos. Um processo de diferenciação que pretende valorizar o que é 100% português. O produto criado e comercializado sob a nova insígnia implica o cumprimento de um rigoroso caderno de especificações, homologado pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e que regula todo o processo de produção, abate, transformação, comercialização e promoção de uma carne de qualidade superior. Todo o processo é certificado por uma entidade independente de controlo e certificação, a CERTIS.

A carne Porco PT, já se encontra disponível de Norte a Sul em grandes superfícies e mercado tradicional.

Ficha técnica do estudo

Voltando ao estudo, foi realizado entre 24 de Fevereiro e 10 de Março de 2017 pela GfK através de entrevista directa a 1.269 inquiridos de diversas regiões de Portugal continental. A amostra foi constituída por 47% de homens e 53% de mulheres com idades entre os 15 e mais de 65 anos de diversos estratos sociais e com diversas tipologias de agregados familiares.

A metodologia de investigação recaiu em três fases: definição do questionário; recolha de informação; e processamento de dados e report.

Definição do questionário

Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis sexo, idade (7 grupos), instrução (2 grupos), ocupação (2 grupos), região (7 regiões GfK Metris) e habitat/dimensão dos agregados populacionais (5 grupos).

Assim, a partir de uma matriz inicial de região e habitat, foram seleccionados aleatoriamente um número significativo de pontos de amostragem, onde foram seleccionados aleatoriamente um número significativo de amostragens. As entrevistas foram realizadas através da aplicação das quotas referidas. Em cada localidade, embora não existindo a aplicação do método de random route, existem instruções que obrigam o entrevistador a distribuir as entrevistas por toda a localidade.

Recolha de Informação

A informação foi recolhida através de entrevista directa e pessoal na residência dos inquiridos, em total privacidade, com base em questionário elaborado pela GfK Metris, a partir dos objectivos enumerados e com base nas indicações do Cliente, tendo este aprovado a formulação final do questionário.

Os trabalhos de campo foram realizados por entrevistadores, recrutados e treinados pela GfK Metris, e receberam uma formação adequada às especificidades deste estudo. A recolha incidiu entre os dias 24 de Fevereiro e 10 de Março de 2017, por 59 entrevistadores. Esta decorreu nos fins-de-semana, entre as 10 e as 22 horas, e nos dias úteis, entre as 17 e as 22 horas.

Processamento de dados e report

No caso da recolha de informação realizada através do Sistema CAPI ( Computer Assisted Personal Interviewing), o ficheiro de dados foi automaticamente validado a dois níveis, validação dos códigos de resposta, pergunta a pergunta e uma validação da articulação entre perguntas.

Após darem entrada, os questionários foram revistos um a um e foram posteriormente avaliados segundo os procedimentos adoptados. Após codificação das perguntas semi-abertas e validação total do ficheiro, este foi tabulado e tratado com base em software concebido para o efeito.

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