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Ana Rita Dias, técnica gestora do projecto

Portuguese Meat quer aumentar exportações de carne de raças autóctones de 3% para 8%

O projecto de internacionalização Portuguese Meat quer aumentar a intensidade das exportações de carne de raças autóctones dos agrupamentos aderentes, de 3,67% para 8,07%. O projecto prevê a aposta em 13 mercado externos, com a participação em 3 feiras internacionais, 15 viagens de prospecção, 2 missões inversas, entre outras acções. Podem aderir ao projecto pequenas e médias empresas (PME) e empresários em nome individual com certificação PME, segundo a técnica gestora do projecto, Ana Rita Dias.

Trata-se de uma iniciativa A Federação Nacional das Associações de Raças Autóctones (FERA) que foi apresentada ontem, dia 24 de Maio de 2021, na Sala de Conferências do Mira Center (Centro de Ciência e Iniciativas Empresariais de Mira).

O Portuguese Meat, projecto conjunto de internacionalização, promovido pela FERA, tem como objectivo reforçar a capacitação empresarial das PME para a internacionalização da carne das raças autóctones portuguesas (raças bovinas, caprinas, ovinas e suínas), potenciando a sua base exportadora e o seu reconhecimento internacional, apresentando um plano de acção conjunto de PME com actividade na fabricação e comercialização de carne e de produtos à base de carne.

Mercados-alvo

O projecto prevê acções em 13 mercados externos, nomeadamente, Alemanha, Bélgica, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Macau, Polónia, Reino Unido e Suíça.

Já as 3 Feiras internacionais onde o Portuguese Meat estará presente são: TuttoFood – Itália; Polagra Food 2021 – Polónia; e FIM PPLEX 2022 – Macau. O objectivo é fidelizar potenciais consumidores em 8 mercados externos.

Este é um projecto co-financiado pelo Compete 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização – Projectos Conjuntos – Internacionalização das PME.

A sessão de apresentação contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Mira, Raúl Almeida, de Rosa Maria Rodrigues da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região Centro (DSAVRC), de Carla Pereira, directora da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte), de Rui Dantas, presidente da direcção da FERA, tendo também estado presente Pedro Vieira, do Gabinete de Recursos Genéticos Animais da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), entre outros participantes, nomeadamente, representantes de PME/Agrupamentos. O evento, aberto ao público, contou cerca de uma centena de participantes, que assistiram ao mesmo presencialmente, mas sobretudo através de livestreaming (ver no fim do artigo).

Rui Dantas, presidente da direcção da FERA

Rui Dantas referiu o sucesso do projecto Portuguese Beef, anteriormente promovido pela FERA, que consistiu na “criação de uma marca comum para as carnes bovinas autóctones portuguesas com vista à sua internacionalização”, e que contribuiu para o desenvolvimento do, actual, Portuguese Meat. E salientou que a FERA representa mais de metade das raças autóctones existentes em Portugal, referindo que estas possuem uma relevância económica, social, cultural e biológica, sendo importante a sua protecção, uma vez que, “a maioria dos produtos de origem animal portugueses com protecção comunitária têm por base as raças autóctones”. Estas são obtidas com “altos padrões de qualidade, segurança alimentar, respeito pelo ambiente e pelo fair trade”, preservando atributos associados à natureza, cultura e tradições locais.

Por sua vez, a directora da DSAVRC salientou o papel da DGAV no acompanhamento do projecto apresentado, sendo um organismo institucional importante para a partilha de “soluções da produção e promoção dos produtos provenientes de animais de raças autóctones portuguesas”. O interesse de cooperação com o projecto está também ligado ao facto de partilharem ideais importantes como a “saúde e bem-estar animal, resiliência socioeconómica, sustentabilidade ambiental e eficiência e produção de qualidade da carne”. Foi também salientado, a importância socioeconómica da criação de animais de raças autóctones para os produtores assim como para o território onde são criados.

A sessão finalizou com a intervenção, por videoconferência, de Carla Pereira, que definiu o Portuguese Meat, como um projecto com um plano de acção ambicioso que engloba uma diversidade de produtos das várias espécies envolvidas, salientando, a importância destes projectos para o “aumento do rendimento dos agricultores e o valor acrescentado para as carnes das raças autóctones portuguesas” na entrada de novos mercados. As raças autóctones constituem um património genético fundamental para garantir a sustentabilidade dos territórios nas zonas rurais.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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