O Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia, que decorreu esta segunda-feira, 21 de Novembro, em Bruxelas, debateu a disponibilidade e acessibilidade dos fertilizantes na União Europeia. No âmbito de uma comunicação da Comissão Europeia, foi discutida uma nova abordagem relativa aos fertilizantes, que permita a redução da dependência de factores externos e a exposição a perturbações de mercado, refere o Ministério da Agricultura e da Alimentação em nota de imprensa.
Nesta reunião, a Comissão Europeia apresentou também uma comunicação que vem apelar à necessidade de se explorar o potencial das algas enquanto recurso renovável e sustentável
A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, sublinha que esta abordagem “está já presente nas opções assumidas por Portugal no seu Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que contribuirá, a médio prazo, para reduzir a dependência externa de fertilizantes”.
Contudo, avança a mesma nota, “dadas as dificuldades conjunturais que os agricultores estão a enfrentar actualmente, são necessárias iniciativas com efeitos significativos a curto prazo que permitam manter a actividade”.
Maria do Céu Antunes sublinha que a situação do mercado agrícola permanece incerta, pelo que devem ser utilizadas, sempre que necessário, medidas excepcionais a nível europeu. “Não devemos deixar de considerar, a prazo, a realização de compras comuns de factores de produção”, defende Maria do Céu Antunes. Sobre este tema Portugal subscreveu, com mais 15 Estados-membros, um documento sobre o papel essencial dos fertilizantes na segurança alimentar.
Potencial das algas
Nesta reunião, a Comissão Europeia apresentou também uma comunicação que vem apelar à necessidade de se explorar o potencial das algas enquanto recurso renovável e sustentável. A ministra da Agricultura e da Alimentação destaca, neste âmbito, a possibilidade de crescimento deste sector no quadro da Economia Azul, seja do ponto de vista social, com a criação de postos de trabalho, seja do ponto de vista económico e ambiental.
Sublinha ainda a relevância das algas nas indústrias farmacêuticas e de cosmética, assim como o seu potencial no sector dos fertilizantes sustentáveis, aquicultura e produção de energia. Maria do Céu Antunes refere também a “incontornável mais-valia das algas no sector da alimentação, atendendo ao seu elevado valor nutricional, factor de especial relevância, num momento em que a população mundial ultrapassou 8 mil milhões de pessoas”.
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