Um navio atracou, em Março, no Porto de Setúbal, para carregar animais. Outro chegou uma noite depois a Sines. A Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos (PATAV) denunciou o que diz serem violações da legislação nacional e comunitária. E gravou vídeos. Em causa estavam vacas e ovelhas.
A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de divulgar o resultado de averiguação de denúncia de maus tratos. E garante que “à chegada ao Porto de Setúbal os serviços veterinários dedicados observaram que alguns animais apresentavam pequenas escoriações que foram tratadas de imediato no local”.
E acrescenta aquela Direcção que os animais transportados “foram sujeitos, na origem, a exame de aptidão para o transporte, por técnicos habilitados, tendo sido considerados aptos” e que “um dos animais apresentava uma lesão ocular muito antiga num estado de total cicatrização”.
Sialorreia ou rinorreia serosa “não é forçosamente indiciadora de qualquer patologia”
Segundo a DGAV, naquela situação, “a sialorreia ou rinorreia serosa, presente nalguns animais, não é forçosamente indiciadora de qualquer patologia”.
Diz aquela Direcção que “nenhuma destas situações é impeditiva do transporte, de acordo com a legislação aplicável. Um animal (ovino) que apresentava sinais de doença, foi tratado no cais de embarque e reencaminhado para a exploração de origem”.
Dizem os responsáveis pela DGAv que verificou-se assim que “apenas os animais com aptidão para transporte foram embarcados. Os procedimentos que estão previstos na legislação foram respeitados e cumpridos”.
Associação alarmou animais
A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária realça ainda que a “presença de pessoas estranhas junto dos animais (manifestantes), ruídos, sons, cheiros e luzes provocou nos animais reacções de defesa, de pânico e stress que poderão ter sido confundidas com sinais de doença, o que não se verificou tendo em conta a avaliação clínica efectuada por profissionais habilitados para o efeito”.
Agricultura e Mar Actual