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Ponte Móvel de Leixões avaria pela quarta vez desde 2013. APDL pode avançar para Tribunal

A Ponte Móvel de Leixões voltou a avariar no dia 8 de Setembro, a quarta desde 2013 e terceira desde 2018. Esta última imobilização terá um período estimado de 15 dias, prevendo-se a sua reabertura no dia 25 de Setembro.

As avarias que a ponte móvel sofreu, em 2013, 2018, 2019 e agora em 2020, não estão associadas a questões de manutenção, mas sim à “gripagem” prematura das rótulas principais de movimentação dos tabuleiros, diz a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

E garante que “depois de munida de toda a informação” desencadeará “todas as diligências, no limite judiciais, necessárias a apurar responsabilidades sobre o eventual defeito das peças que têm vindo a causar as avarias”.

Em esclarecimento enviado à imprensa, a APDL refere que as rotulas das articulações principais do tabuleiro que “sofreram as referidas avarias originando a imobilização da ponte têm previsto, nos termos do caderno de encargos da sua concepção/construção, um período de vida útil superior a 40 anos tendo em consideração os ciclos de abertura diária considerados em fase de projecto os quais que se mantêm inalterados”.

Compra de peças sobressalentes

Na sequência da avaria ocorrida em Março de 2018, “uma vez que não era de todo expectável que peças com um período de vida útil expectável de 40 anos viessem a sofrer um desgaste tão prematuro com a “gripagem” repentina das rotulas, sem qualquer manifesto prévio de avaria, a APDL desencadeou uma série de procedimentos com o objectivo de identificar a causa destas recentes avarias”.

Mais ainda, com o intuito de antecipar outros eventos da mesma natureza, a APDL muniu-se de peças sobressalentes que permitissem, em caso de avaria, uma mais célere reposição da ponte em funcionamento.

Em paralelo, encontra-se em curso através de uma contratação com o INEGI – Instituto de Ciência e Investigação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, a monitorização e modelação tridimensional dos órgãos mecânicos da ponte móvel para tentar identificar, por outra via, para além dos estudos já efectuados, a origem e a causa deste desgaste prematuro de peças cuja vida útil deveria estar muito longe do fim e, deste modo, serem insusceptíveis de avarias.

Processo judicial é hipótese

Finalmente, em virtude da factualidade descrita, designadamente da avaria precoce de peças cuja vida útil expectável “em termos contratuais ainda não está sequer a meio, a APDL depois de munida de toda a informação decorrente dos estudos atrás aludidos, desencadeará todas as diligências, no limite judiciais, necessárias a apurar responsabilidades sobre o eventual defeito das peças que têm vindo a causar as avarias”.

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo relembra que a ponte móvel iniciou o seu funcionamento em Julho de 2007. “Tratando-se de uma ponte única no Mundo, a sua manutenção e eventuais reparações revestem-se de enorme complexidade exigindo uma excepcional mobilização de meios técnicos e humanos”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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