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Politécnico de Coimbra e Câmara da Lousã debatem desafios da gestão integrada da paisagem

Os desafios da transformação da paisagem e o papel que as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) devem ter neste desígnio nacional foram tema de debate no seminário que o Politécnico de Coimbra (IPC) e a Câmara Municipal da Lousã promoveram na passada quarta-feira, dia 15 Fevereiro, no Hotel Octant da Lousã.

O evento, intitulado “@GIR pelo Território – Desafios actuais e futuros do Programa de Transformação da Paisagem”, reuniu vários especialistas na área que partilharam experiências no terreno. O Programa de Transformação da Paisagem foi concebido após os incêndios de 2017 e representa uma oportunidade de repensar a gestão dos territórios mais vulneráveis.

Através das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), pretende-se dar resposta à necessidade de ordenamento e gestão da paisagem e de aumento de área florestal gerida a uma escala que promova a resiliência aos incêndios, a valorização do capital natural e a promoção da economia rural, explica uma nota de imprensa do Politécnico de Coimbra.

50% das AIGP estão no Centro do País

Presente na sessão de encerramento, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, referiu que das 70 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) aprovadas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 35 estão no Centro do País e incentivou autarquias e proprietários a unirem-se para ultrapassar as dificuldades que forem surgindo.

João Paulo Catarino

O responsável salientou o papel da academia e em particular do Politécnico de Coimbra neste âmbito, contribuindo com um pensamento “mais estruturado” no debate. “O IPC tem potenciado enormemente o desenvolvimento, não só da região mas do país, primeiro com a transferência de conhecimento que faz com os alunos que estão hoje a trabalhar por esse país fora e que são um atestado de qualidade para a nossa floresta, e depois no trabalho que tem vindo a fazer, não só nesta área da paisagem integrada mas em outros projectos, nas interacções que tem tido com os gabinetes técnicos florestais”, referiu.

O governante manifestou ainda esperança que os projectos que estão no terreno venham a ser um sucesso e que possam vir a ser replicados para o resto do território nacional.

Na sua intervenção, Jorge Conde, presidente do IPC, salientou a importância do projecto @GIR – Gabinetes de Inovação Regional, que se foca nos problemas do território e naquilo que a instituição pode fazer na região em que está inserida. “Percebemos há muito que o que temos de fazer com os jovens que chegam às nossas escolas é prepará-los para aquilo que as empresas querem, que os territórios precisam e ajudar a concretizar as transformações que o país precisa de fazer”, afirmou.

O responsável salientou ainda que este evento é o primeiro de um ciclo de seminários “@GIR pelo Território” que a instituição está a preparar com parceiros locais, reforçando a ligação ao território com iniciativas que promovam o debate de áreas e temáticas com interesse para a região.

Por sua vez, o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, salientou a relevância da temática do seminário para o país e, em particular, para a região e o concelho, no que diz respeito ao valor inestimável que é a Serra da Lousã e todo o seu património natural e edificado. “Este processo irá permitir, de forma mais estruturada, que a nossa floresta tenha mais valor e mais resiliência”, afirmou.

O evento incluiu ainda uma exposição relativa ao desenvolvimento das Operações Integradas de Gestão da Paisagem (OIGP) de Arganil, com uma mostra de experiência de aprendizagem e serviço dos alunos na Unidade Curricular de Planeamento e Gestão da Paisagem do Mestrado em Recursos Florestais da Escola Superior Agrária (ESAC) do Politécnico de Coimbra. Na parte da manhã, no âmbito do projecto F4F (Florest for Future), decorreu também um Percurso Demonstrativo de “Gestão Florestal Adaptativa em Povoamentos Mistos com Potencial Produtivo”.

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