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PCP quer saber qual o impacto da Língua Azul nas raças autóctones

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista (PCP) quer saber qual o impacto da epidemia de Febre Catarral Bovina e Ovina, também conhecida por Língua Azul nas raças autóctones e que medidas extraordinárias de vacinação estão previstas pelo Governo.

Numa série de perguntas entregues na Assembleia da República, o deputado comunista Alfredo Maia pergunta ainda ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, que avaliação faz o Governo da evolução da doença, realçando que “tendo em conta a realidade do tecido produtivo, que assenta em explorações familiares”, se “está o Ministério da Agricultura, através das suas estruturas desconcentradas, em condições de informar os produtores sobre todas as medidas a tomar e de avançar com uma grande campanha de vacinação nacional”.

Por outro lado, aquele deputados quer saber se “está garantido o fornecimento de vacinas, de forma célere aos produtores que decidam fazê-lo de imediato” e se “está o Governo a ponderar atribuir apoios extraordinários aos produtores de ovinos para suprir as perdas sofridas, repor o efectivo e compensar os gastos com tratamentos e prevenção”.

No documento dirigido a José Manuel Fernandes, aquele deputado refere ser “pública a difícil situação na produção de ovinos, afectados pela epidemia da Febre Catarral Ovina/Língua Azul, que, de acordo com a Confagri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas], «tem dizimado milhares de ovinos por todo o País e cujo contágio pode espalhar-se aos bovinos»”.

E adianta que, segundo a CNA — Confederação Nacional da Agricultura, “como os dados do Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA) indicam, a evolução da doença está descontrolada e são necessárias medidas imediatas de controlo”.

“Ambas as organizações defendem a realização imediata de uma campanha de vacinação gratuita, com os custos suportados pelo Ministério da Agricultura e um apoio extraordinário para a perda de animais, bem como para os custos com tratamentos e prevenção”, uma vez que “os custos com a medidas de contenção, nomeadamente com a vacinação dos animais, associados à perda de rendimento resultantes das elevadas taxas de abortos e mortalidade de animais, muitos deles de reprodutores, são incomportáveis para a grande maioria das explorações com efectivos pecuários”, acrescenta Alfredo Maia.

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