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Panificadora Camipao fecha fábrica e todas as lojas. Mais de 60 desempregados

A Panificadores Unidos do Concelho de Caminha, comercialmente conhecida por Camipão, fundada em 1973 através da fusão de diversos panificadores que exerciam a actividade no concelho de Caminha, Distrito de Viana do Castelo, acaba de anunciar o fim da sua actividade bem como o encerramento de todas as lojas.

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda já questionou o Governo sobre o encerramento da empresa. “Numa situação de pandemia a situação desta empresa preocupa por deixar perto de 60 pessoas completamente desprotegidas”, dizem os bloquistas.

A empresa está sediada na Sandia, com 11 lojas nos concelhos de Caminha e Vila Nova de Cerveira e com 65 trabalhadores.

Dificuldades financeiras

Segundo avança o jornal O Caminhense, “há algum tempo que as dificuldades financeiras da Camipão eram conhecidas, existindo salários e subsídios em atraso dos cerca de 100 trabalhadores, da fábrica situada na Sandia, e das 11 lojas de “Pão Quente” espalhadas pelo concelho e Vila Nova de Cerveira”.

Explica o Bloco de Esquerda, em comunicado, que “segundo informações numa recente reunião de accionistas realizada a 11 de Março foi transmitido que a situação era estável e para ninguém se preocupar”.

A administração desta empresa, não só decidiu avançar para o despedimento de todos os trabalhadores sem qualquer aviso prévio, como “ainda se recusa a passar a declaração de situação de desemprego aos trabalhadores, colocando assim em causa a sobrevivência destes e das suas famílias. Este tipo de prática por parte da administração desta empresa revela uma crueldade para com os trabalhadores e desprezo para com os direitos laborais que é inaceitável numa sociedade do século XXI”, realça o BE.

Viabilizar a empresa?

O Bloco quer saber se o Governo tem conhecimento da situação e se está a tutela disponível para analisar com a empresa, no quadro dos apoios extraordinários às empresas concedidos no contexto da pandemia, uma solução que permita a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho.

“Que medidas pretende o Governo adoptar com carácter de urgência para que rapidamente estes trabalhadores tenham, no mínimo, acesso ao subsídio de desemprego ou outras medidas de protecção social consentâneas com a situação descrita”, questiona o BE.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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