O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, a DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e a ASAE — Autoridade de Segurança Alimentar e Económica já tinham garantido que Portugal estava livre dos ovos contaminados com fipronil, caso que tem assolado a Europa. Bruxelas confirmou hoje, 11 de Setembro, que Portugal não pertenece à lista.
Portugal saiu da lista de países terceiros afectados pela crise dos ovos ou sub-produtos contaminados com insecticida diz a Comissão Europeia. Nos países lusófonos, Angola e Cabo Verde ainda a integram.
De acordo com a mais recente lista, a que a Lusa teve acesso, Portugal já não consta entre os Estados-membros afectados, mas Angola e Cabo Verde estão entre os 11 países que receberam ovos ou sub-produtos contaminados com no seu território.
A lista de países afectados pelo comércio ou distribuição de ovos contaminados com fipronil inclui 25 Estados-membros (apenas Portugal, Croácia e Lituânia ficam fora), dois dos três países da Área Económica Europeia (Noruega e Liechtenstein) e 19 países terceiros.
Segundo o RASFF – Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais – 11 destes países terceiros receberam ovos ou produtos contaminados no seu território, incluindo Angola, Cabo Verde e Suíça, tendo nos restantes oito os produtos sido detectados em navios.
Na semana passada, Portugal tinha entrado na lista dos países afectados, tendo a notificação sido feita pela Bélgica, mas a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garantiu que quantidade de ovos contaminados com pesticida tóxico comprados na Bélgica por um português foi pequena, para consumo e pode nem sequer ter chegado a território português.
“Estamos no terreno a avaliar exactamente a quantidade comprada, que foi pequena e, por isso, tudo indica que fosse para consumo”, disse então à agência Lusa o inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, acrescentando que “os ovos podem ter sido consumidos fora do território nacional”.
Agricultura e Mar Actual