
Fonte: Maes et al. (2022), Monitorização da exposição a perigos relacionados com o clima. Metodologia do indicador e principais resultados.
A OCDE — Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico alerta que as florestas portuguesas “estão particularmente expostas ao perigo de incêndio”, sendo a percentagem de superfície arbórea exposta ao perigo de incêndio a maior na União Europeia.
“O País está particularmente exposto a riscos relacionados com o clima. Enfrenta múltiplas ameaças, incluindo a erosão costeira, eventos de precipitação intensa e dias de calor extremos. As secas também prejudicam o rendimento agrícola e a produção de energia hidroeléctrica. As florestas estão particularmente expostas ao perigo de incêndio”, referem as “Revisões do Desempenho Ambiental – Portugal 2023“, da OCDE apresentadas no passado dia 14 de Março, no Palácio de Valenças, em Sintra.
Adianta o documento que “mais de metade das propriedades rurais não tem uma delimitação cadastral e estima-se que 20% dos terrenos florestais tenham proprietários desconhecidos”.
Para os técnicos da OCDE, Portugal “intensificou as medidas de adaptação”. “O Governo adoptou uma Estratégia Nacional de Adaptação em 2015 e um programa de Acção em 2019 para definir prioridades e medidas. A informação pública sobre os riscos das alterações climáticas melhorou consideravelmente e a adaptação está cada vez mais integrada nas estratégias sectoriais, como na agricultura”.
Acelerar registos do cadastro fundiário
E acrescentam que “o financiamento para a adaptação foi aumentado, nomeadamente co-financiado pela União Europeia. Portugal reforçou a prevenção dos riscos de incêndios florestais, mas enfrenta o desafio de melhorar as práticas de gestão florestal em zonas rurais abandonadas, onde a propriedade da terra é privada e fragmentada. Acelerar os registos do cadastro fundiário e alargar os pagamentos dos serviços ecossistémicos pode ajudar a reduzir os riscos de incêndios florestais”.
Agricultura e Mar