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Navigator reúne Produtores Florestais em plataforma para desenvolver um cluster mais produtivo

A The Navigator Company lançou hoje, 16 de Julho, a iniciativa Produtores Florestais, com o objectivo de apoiar os diversos players da floresta no desenvolvimento de um cluster mais produtivo, assente em padrões de gestão responsável e de sustentabilidade ambiental, social e económica.

A plataforma Produtores Florestais, que arranca também em formato impresso, informa, apoia e sensibiliza todo o ecossistema que tem a floresta o seu denominador comum para as potencialidades que dela advêm, criando um contexto de partilha de conhecimento com vista à respectiva valorização.

Num contexto em que o cluster da floresta constitui uma “componente robusta da indústria transformadora nacional, Produtores Florestais é um projecto aberto e que envolve produtores, proprietários florestais e todos os stakeholders relevantes ligados ao poder local, associações, prestadores de serviços e decisores políticos na área da floresta e do território”, realça fonte institucional da The Navigator.

Durante o lançamento, a administração da The Navigator realçou que “este é, para nós, um dia da maior importância, porque assinalamos o lançamento de uma iniciativa com a qual queremos contribuir para a criação de laços de proximidade junto de uma comunidade que tem na floresta o seu denominador comum”. E acrescentou que “sentimos, enfim, que todo o potencial da floresta portuguesa pode ser multiplicado pela partilha de conhecimento, de exemplos e de experiências. É esse propósito que nos move, e é por isso que colocamos agora à vossa disposição a “Produtores Florestais”, uma plataforma que arranca desde já em suporte impresso e em canais digitais, e que queremos sistematicamente diversificar e enriquecer com a participação de todos”.

Estimular a comunicação

A iniciativa pretende, também, estimular a comunicação entre todos os que têm ou que pretendem vir a ter uma relação profissional ou de rendimento ligada à floresta. Ao mesmo tempo que funciona como um veículo de partilha de conhecimento, contribuindo para uma floresta mais bem gerida em Portugal, abrindo uma janela de conhecimento e de aperfeiçoamento técnico sobre a silvicultura e as florestas de produção.

Num País dominado por assimetrias regionais e pela desertificação do interior, a economia da floresta reúne um potencial de fixação ímpar das populações, nomeadamente no mundo rural, diz a administração da The Navigator

De acordo com os dados mais recentes, o volume de negócios total das indústrias florestais ligadas a estes sub-sectores foi de 10 mil milhões de euros em 2018, o que representou perto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Na base desta cadeia, segundo dados mais recentes de 2017, a silvicultura e a exploração florestal representaram um valor total de 1 260 milhões de euros, correspondente a perto de 0,6% do Produto Interno Bruto.

Sector mobiliza cerca de 24 mil empresas

O sector florestal – silvicultura, indústria e comércio de base florestal – mobiliza cerca de 24 mil empresas, representando 2% do total nacional: são cerca de 8 mil empresas na silvicultura, mais de 10 mil na indústria e perto de 6 mil nas actividades de comércio de base florestal, responsáveis por mais de 100 mil empregos directos.

Por outro lado, ao nível da diversidade, Portugal tem uma variedade de espécies florestais superior a muitos outros países europeus, e a sua extensão ocupa mais de um terço do território nacional (36%).

A diversidade da floresta faz com que Portugal seja o quarto país europeu com maior percentagem de floresta protegida: cerca de 22%, atrás da Itália (33%), da Alemanha (29%) e do Liechtenstein (26%).

Cerca de 30% das florestas da Europa são dominadas por uma única espécie florestal (sobretudo coníferas). Os restantes 70% são florestas dominadas por duas ou mais espécies florestais.

Em Portugal, nenhuma espécie isoladamente, ocupa um terço do território florestal. Na Finlândia, por exemplo, o pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris) ocupa cerca de 67% da área florestal. Na Áustria, o abeto (Picea abies, picea europeia, spruce europeu) é dominante, com cerca de 60% da área.

Para a administração da The Vavigator, “o forte pendor regional na criação de emprego é uma das marcas fundamentais da fileira florestal em todos os seus sectores de actividade – primário, secundário e terciário. As grandes fileiras florestais – pinho, sobro e eucalipto – são geradoras de valor produtivo na economia nacional, induzem emprego e representam um pilar de internacionalização, com um claro saldo positivo na balança comercial do País”.

Floresta em Portugal

A floresta portuguesa ocupa 36% do território nacional, que se destaca no panorama europeu pelas elevadas taxas de diversidade e protecção. A floresta nacional é essencialmente plantada sendo que as espécies autóctones representam 72% da área ocupada. Além disso, está na base de três sectores industriais totalmente nacionais baseados em recursos naturais, renováveis e sustentáveis.

Floresta em Portugal continental em números:

• 34% da floresta é ocupada pelos montados e povoamentos de sobreiro;
• 30% é povoada por pinhais (povoamentos de pinheiro-bravo, pinheiro-manso e outras resinosas), ocupam 30% da área florestal;
• 26% é ocupada pelos eucaliptais;
• Os restantes 10% são ocupados pelos carvalhos, castanheiros e outras caducifólias;
• Portugal é o quarto país europeu com maior percentagem de floresta protegida: cerca de 22%, atrás da Itália (33%), da Alemanha (29%) e do Liechtenstein (26%).

“Contrariamente às percepções dominantes junto da opinião pública, sobretudo urbana, a floresta portuguesa não só duplicou em área, como é muito mais diversa do que era no princípio do século passado”

Impacto económico

As fileiras do eucalipto, pinho e sobro são responsáveis por 5% do Produto Interno Bruto, totalizando um volume de negócios de 10 mil milhões de euros, de acordo com os dados mais recentes de 2018 da Direcção-Geral das Actividades Económicas, constituindo-se como um dos mais importantes recursos de riqueza económica do País.

Só o sub-sector da pasta e papel tem um peso equivalente a 4,6 mil milhões de euros (quase metade do total), o que se traduz em mais de 2% do Produto Interno Bruto.

“Esta cadeia de valor, que vai da árvore ao produto final, da silvicultura à indústria, detém um peso absolutamente estruturante em toda a economia portuguesa”, realça a administração da The Navigator

No emprego, o sector florestal – silvicultura, indústria e comércio de base florestal – mobiliza cerca de 24 mil empresas; representando 2% do total nacional: cerca de 8 mil empresas na silvicultura, mais de 10 mil na indústria e perto de 6 mil nas actividades de comércio de base florestal; ao todo são responsáveis por mais de 100 mil empregos directos.

Nas exportações, as indústrias da fileira florestal, atingiram os mil milhões de euros em 2019, representando 10% do total das exportações portuguesas.

A indústria da pasta e do papel, por seu lado, representa 43% das exportações da fileira florestal, o que, em 2019, foi equivalente a 4% do total das exportações nacionais, destacando-se a Navigator como a 3.ª maior exportadora nacional.

Os grandes sectores industriais com base em matérias-primas florestais também são responsáveis por resultados ímpares ao nível do Valor Acrescentado Bruto (VAB): em 2018, o VAB ascendeu a 4,3 MM €, cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 19% do total da indústria transformadora.

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