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Município de Montalegre apoia produtores de raça barrosã com 140 mil euros

A Câmara Municipal de Montalegre, com o apoio da Coopbarroso — Cooperativa Agrícola do Barroso, entregou aos agricultores pecuários uma ajuda por cada cria desta raça autóctone nascida em território concelhio. São cerca de 140 mil euros, montante que pretende “contribuir para a fixação de pessoas e para o desenvolvimento da produção agropecuária”, no “. único concelho com aumento na produção pecuária”.

Esta acção, explica fonte institucional da autarquia, era para ser realizada no passado mês de Julho tendo sido adiada devido à crise pandémica. Foi hoje oficializada, ao ar livre, no parque do Torrão da Veiga, em Salto.

A jornada contou com as presenças, para além da Câmara e da Coopbarroso, da Associação Nacional de Criadores de Gado de Raça Barrosã, da AMIBA — Associação dos Criadores de Bovinos de Raça Barrosã e das juntas de freguesia de Salto, Montalegre, Ferral e Venda Nova.

Segundo o presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, “concertámos com a Coopbarroso para que estes prémios fossem distribuídos nos dias seguintes ao acto eleitoral. Tenho que dar os parabéns aos produtores pecuários porque o mérito de todo este crescimento da raça barrosã é deles. Os apoios da Câmara Municipal têm ajudado a este mesmo crescimento e a construir esta marca identitária do concelho de Montalegre”.

Por sua vez o presidente da Coopbarroso, Nuno Sousa, referiu que “são prémios merecidos. Temos assistido a um aumento dos efectivos de raça barrosã no concelho. Isto significa que estamos com a política correcta. Significa, também, que a Coopbarroso está a trabalhar no bom sentido, em parceria com a Câmara de Montalegre”.

“Quem beneficia deste trabalho são os nossos produtores. Temos observado a instalação de jovens agricultores. São perto de 1.400 vitelos registados. Houve um acréscimo significativo. É bom sinal”, salientou Nuno Sousa.

Aumento dos custos com a produção

Já o secretário técnico do Livro Genealógico da Raça Barrosã, José Leite, disse: “tenho duas palavras para dizer. Uma espectacular e outra extraordinária. Tenho 41 anos de trabalho com a raça barrosã, principalmente nesta região onde reside o solar da raça. Estas pessoas de Salto merecem uma estátua por serem resilientes e também por serem aqueles indivíduos que conseguem manter um efectivo extraordinário”.

Salientou ainda José Leite que “são pessoas que têm resistido porque estamos a falar de uma raça que teve, durante muitos anos, problemas gravíssimos de apoios. Senão vejamos: há 40 anos, um vitelo valia 100 contos. Hoje vale o mesmo, isto é, 500 euros”.

E reforçou que “os custos com a produção multiplicaram-se. Não é só o gasóleo, nem a electricidade. Tudo o resto multiplicou-se. Esta gente foi sempre resiliente, porque é uma carne de excelência, mas muito má paga. Este apoio da Câmara de Montalegre veio ajudar a colmatar. Bem-haja a Câmara que teve esta ideia de apoiar estes agricultores. (…) Este apoio fixa também as populações”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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