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Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas manifestam-se em Lisboa

A CNA – Confederação Nacional da Agricultura e a MARP – Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas, sua filiada, participam no próximo domingo, dia 8 de Março, em Lisboa, na Manifestação Nacional de Mulheres, convocada pelo MDM – Movimento Democrático de Mulheres.

No Dia Internacional da Mulher vão reclamar reconhecimento do papel da mulher agricultora no Estatuto da Agricultura Familiar e serviços públicos de qualidade no mundo rural.

“As mulheres desempenham um papel essencial na agricultura familiar e no mundo rural, assegurando parte significativa do trabalho nas explorações, ao mesmo tempo que assumem tarefas de cuidadoras da casa e da família, muitas vezes em sobrecarga de trabalho e de tempo e privadas de protecção social”, refere um comunicado da CNA.

E acrescenta que os problemas que afectam a agricultura familiar e o mundo rural, como o encerramento de cada vez mais explorações agrícolas familiares, as dificuldades de escoamento da produção a preços justos e compensadores, a desertificação humana do interior ou o encerramento de serviços públicos essenciais – como transportes, escolas, centros de saúde, entre outros –, “agravam o contexto de adversidades em que vivem as mulheres agricultoras e rurais”.

Luta dos agricultores

Para a Confederação Nacional da Agricultura, a luta dos agricultores e do povo português, pelo direito a produzir, rumo à soberania alimentar, “só pode avançar com a emancipação das mulheres e com a conquista de direitos consagrados da Constituição da República Portuguesa”.

Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, CNA e MARP participam na Manifestação Nacional de Mulheres em defesa dos direitos das mulheres, contra todas as formas de discriminação e violência, e por justiça social; pelo reconhecimento do papel da mulher agricultora e rural no Estatuto da Agricultura Familiar; e por um regime próprio de contribuições para a agricultura familiar que tenha em conta o contributo das mulheres, para que possam beneficiar de uma justa protecção social e para que o seu trabalho possa ser contabilizado para cálculo da reforma.

As duas organizações explicam, em comunicado conjunto que vão ainda lutar “pelo direito ao trabalho, à família e vida pessoal; em defesa de serviços públicos de qualidade e proximidade no Mundo Rural;  por preços justos à produção e em defesa da produção nacional baseada na soberania alimentar”, com respeito pela “Declaração dos Direitos do/as Camponeses/as e outras Pessoas que trabalham em Zonas Rurais”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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